domingo, 10 de setembro de 2017

                                 CONSUMIDO


        Cama, café gelado,roupa de operário e bota de aço
        Mais um dia produtivo na indústria
        Ou talvez, só mais um dia de angústia
        Mãos, dedos, martelo e prego
        Mas não martele a mão nem pregue os dedos
        O martelo talvez seja a salvação
        Começa-se uma conversa na fábrica de uma tal revolução


        A burguesia quebra os dedos do operário
        Os mesmos dedos que gastam o salário
        O capital voltando para o burguês
        Maravilha ! Nenhum gasto se fez
       

        O gasto verdadeiro foi físico, mental
        Coisas que não valem no mundo do capital
        O proletário chora ao ver as contas e a falta de comida
        O olhar de sua filha o intimida, o que fazer ?
        Lembra das conversas da fábrica e do martelo
        Não tem tanta certeza, mas não há outra saída
        Uma vontade o inflama, usar o martelo para recuperar sua vida !





Gabriel Martins Raposo                        Direito 1°ano - Noturno
 

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