domingo, 10 de setembro de 2017

Análise objetiva do papel burgues na transição entre as Idades média e moderna e suas críticas pelos autores estudados.

Ainda na Idade Média, surge na Europa Ocidental a classe que seria a responsável pelo fim do sistema feudal e inicio do que conhecemos como Idade Moderna. Isso aconteceu quando moradores de burgos, cidades geralmente muradas e autogovernadas, intensificaram a prática mercantil, fenômeno conhecido como renascimento comercial e urbano. Tal classe, a burguesia, quebrou o status quo quando passou a ter importância política mais relevante que a nobreza, visto que aquela passou a acumular dinheiro, enquanto esta dependia dos titulos que ganhava muitas vezes sem mérito.  
Em 1789, na França, essa mesma classe executou um rei e, com ele, o Antigo Regime; mais tarde seria a responsável pela revolução industrial, evento que mudaria drasticamente, entre outras coisas menos interessante pra minha análise, a situação da população em termos de qualidade de vida.  
Nesse contexto, muitos estudiosos passaram a criticar e buscar soluções para os rumos que tomava o sistema capitalista nessas condições, é ai que surge Karl marx e Friedrich Engels. Inspirados na noção de dialética do filósofo Georg Hegel, sugeriram que a disputa de classes era o motor da história humana, sendo a burguesia apenas uma das classes que viria a ser sobreposta por outra, no caso o proletariado. 
Essa sobreposição era, para os autores, inevitável devido às condiçoes de exploração pressupostas no sistema mercantil moderna – destacando ferramentas como a mais-valia. Além disso, acreditavam que a alienação do trabalhador, pautada em ideologias, era a base para o sistema capitalista e o motivo de o proletário não se revoltar com sua situação.
Gabriel Nagy Nascimento, Direito Noturno. 

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