sábado, 2 de setembro de 2017

A inversão do Pensamento Hegemônico

     Para um dos filósofos mais influentes na carreira de Marx, Hegel, dialética é uma forma de pensar a realidade em constante mudança por meio de termos contrários que dão origem a um terceiro, que os concilia. No entanto, este pregava uma dialética meramente filosófica que, segundo aquele, não possuía capacidade de modificar o mundo material.
     Partindo do materialismo, ou seja, do mundo real, a dialética compõe-se de três termos: tese, antítese e síntese. A Tese é uma afirmação; a antítese, é uma afirmação contrária, e a síntese é o resultado do embate entre as duas primeiras. Marx escreveu sua célebre frase: "Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de várias formas; cabe transformá-lo”. Dessa forma, exporei uma teoria que venho elaborando, claro que informalmente, sobre os conflitos entre as ditas maiorias e minorias sociais.
     Analisando pela ideia marxista, sem realmente perceber que dela estava utilizando, percebi – por meio de inúmeras conversas com minha família, a qual afirmo conservadora – que o conflito entre a tese (forma de pensar dominante) e a antítese (forma de pensar reacionária) é algo inevitável socialmente.
     Tomemos um exemplo: o conflito entre aqueles que são contra o paternalismo estatal frente às minorias (tese) e os que são a favor (antítese), gerará uma nova forma de segregação, racismo, entre outros termos que o leitor deseje usar (síntese). Afirmo isso, pois acredito que com tamanha assistência estatal às minorias, a lógica de pensamento se reverterá, por exemplo, transformando em maioria racista não mais o branco contra o negro, mas sim o contrário, ou então em heterofóbico aqueles que sofreram com a homofobia. Estou ciente de que o caro leitor estranhará esta maneira de lidar com os embates calorosos da atualidade, no entanto, um sábio professor um dia me disse: “Quem imaginaria que a Burguesia ganharia força para desmantelar o Antigo Regime? ”. E digo mais, que senhor de engenho, no auge da escravidão, imaginaria que um dia os negros ousassem conquistar direitos e tornar-se parte componente da vida civil?
     Assim, termino minha reflexão afirmando que creio na inversão de formas do pensamento hegemônico – claro que com uma duração de séculos, talvez milênios – ao qual nos dominará, enquanto raça humana, tornando, o que hoje é tido por grande parte da população como algo inaceitável, em “normal” no futuro.


Gabriel Marcolongo Paulino – 1°Ano Direito/Noturno

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