domingo, 3 de setembro de 2017

A Reinvenção do Capitalismo a partir de uma Concepção Marxista


A Revolução Capitalista, na transformação da indústria, iniciada por meio da cooperação simples e da manufatura cujo princípio é a concentração dos meios de produção, até então dispersos, em grandes oficinas, com o que se convertem de meios de produção sociais, metamorfose essa que não afeta, em geral, a forma de troca. Ficam de pé as velhas formas de apropriação, entretanto aparece o Capitalismo.  Assim, em sua qualidade de proprietário dos meios de produção, apropria-se também dos produtos e os converte em mercadorias. A produção transforma-se num ato social; a troca e, com ela, a apropriação continuam sendo atos individuais. O produto social é apropriado pelo capitalista individual. Contradição fundamental, da qual se derivam todas as incoerências em que se move a sociedade atual e que a grande indústria evidencia claramente.
 Primeiramente, temos de definir que o proletariado tem de se identificar como tal, parece uma bobagem, mas as transformações ocorridas após as grandes revoluções, Francesa e Industrial, fizeram com que o homem mudasse suas relações com o principal bem, que é intrínseco historicamente, no caso, o trabalho. Com o surgimento do Capitalismo, as ideologias produzidas por essa nova fase na vida do homem vão transformá-lo também em uma mercadoria, pois a partir do aparecimento do Capitalismo, o homem vende sua força de trabalho e passa a ser incorporado à mercadoria, a burguesia, que detém os meios de produção, compra a força de trabalho e se apropria do excedente produtivo, transformando o trabalhador em uma peça dessa engrenagem produtiva. Sendo assim, o “proletariado existe porque luta,” identificando seu principal valor e se apropriando da sua importância no processo produtivo ele se identifica como proletário, ele considera que a força do seu trabalho é que é  responsável pela produção da mercadoria e, sem ela, a cadeia produtiva não avança, o proletário também enxerga que existe uma divisão e quanto a quem produz e quanto a quem é o dono dos meios de produção. Neste momento, começa a se pensar na divisão social do homem e isso se chama divisão de classes; proletário que vende sua força de trabalho e a burguesia, que é dona dos meios de produção.
A burguesia, ao longo dos séculos, cria mecanismos cada vez mais eficazes de apropriação do excedente produtivo. A mais valia, para o capitalista, é o motor precursor para se criar novas ideologias e cada vez mais afastar o homem do seu bem inerente: o trabalho. A alienação e o fetichismo têm o papel de dar um novo significado para o consumo de mercadorias, já que antes o valor embutido na mercadoria era o de uso e de troca. Com a criação da mais valia, necessidade de se pensar a mercadoria como um bem de uso, de venda e de “status”, cria-se a necessidade cada vez mais de consumo.
O trabalhador que se identifica como proletário sabe que nas suas mãos, “nem uma lâmpada se acenderá, se não houver a mão de um trabalhador envolvido”. A grande questão é que ao longo dos tempos, o Capitalismo vem criando mecanismos de coesão, o próprio aparecimento de uma Ciência que estuda a vida em sociedade, a “Sociologia”, no século XIX, traz consigo questionamentos e necessidades desta nova sociedade, pensadores como Auguste Comte e Émile Durkheim trarão em seus estudos revelações de como essa nova sociedade terá de se comportar em relação ao homem e ao trabalho e das relações dos próprios homens em sociedade. Destarte, seus ensinamentos serão de grande utilidade para a manutenção e aprofundamento do capitalismo no mundo.  


Luciana Molina Longati  - Turma: XXXIV - Noturno

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