segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A ideia de luta de classes de Marx é desenvolvida por Weber, que coloca o indivíduo, não a classe, no centro da questão. Segundo Weber, essa luta não pode ser simplificada aos valores de uma classe, já que valores são elementos pessoais e devem ser vistos como tais. Isso se dá, principalmente, pelo autor estudar a sociedade sob um prisma cultural, em contraposição a Marx, que delimita sua visão à economia.

Sendo assim, a construção social dessa relação de classes também depende do nível de identificação da pessoa em relação ao seu grupo. Cada um se sente mais ou menos inserido em sua classe dependendo da sua visão pessoal e o quanto ela concorda com a visão de classe, e isso interfere na sua vontade e no seu poder de ação dentro da sociedade. Quanto maior a relação de compatibilidade entre o indíviduo e seu grupo, maior o seu relacionamento com a realidade, maior a sua capacidade de engajar-se.

Entendida essa relação, muitos utilizam-se desse mecanismo para efetuar sua dominação. O que acontece muito nos dias atuais, ainda mais na sociedade brasileira, são membros da classe média com  valores de ricos, proletariado com ideiais de proprietários e até brasileiros que adotam uma visão de mundo não compatível com o contexto do país. Tudo isso vem de uma dominação que faz com que a pessoa se identifique com uma realidade que não é a dela e se apropria de valores culturais dos dominadores, o que possibilita a dominação de fato sem que haja contestação e, mais do que isso, os dominados viram instrumentos da sua própria subordinação.




Débora Graziosi Ferreira Ramalho - 1º Ano Diurno

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