segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Suicide Silence

Quando uma sociedade acredita ser normal jovens em sua plena adolescência praticarem automutilação, bulimia e cirurgias plásticas para se encaixar em padrões de beleza universalmente propagados e difundidos nas mentes de meninas que mal viveram, passa-se a ver como o grupo social em que se está inserido trabalha de forma coercitiva para que o indivíduo se encaixe em determinado padrão, confirmando uma das teorias de Durkheim.
Teoria a qual versa sobre o fato social que é basicamente a essência do agir do homem em determinada comunidade, de acordo com as regras sociais, ou seja, o homem age de acordo com a sociedade em que está posto, por conta de sua cultura, costumes e a sua educação desde criança. E estas regras quando quebradas, geram uma represália pautada na moral, sob os sujeitos que transgrediram tais normas, transformando estes atos revolucionários em patologias sociais, verdadeiras doenças repudiadas pela sociedade.
Utilizando deste ideal, é fácil entender porque transtornos alimentares e mentais tornaram-se frequentes nas culturas ocidentais. Afinal, “mulher não pode pesar mais que 60 kg, depilação é necessária, caso contrário você é suja, e sim, você nunca será boa o suficiente para ninguém”. Estes são pensamentos que são reproduzidos constantemente por familiares, amigos, nas escolas e a mídia bombardeia uma série de estímulos para que os telespectadores aceitem este tipo de comportamento como normal e quando observado alguma anomalia, o culpado é a vítima, pois “transtornos mentais são frescuras”.
Libertando todo o resto da culpa de estarem matando suas crianças de forma lenta e indireta, dizendo “coma isto, faça aquilo, trabalhe nisso, seja isso” controlando a vida de todos que estão nesta teia social, interligados e grudados num padrão da natureza e engolidos por uma aranha estatal que utiliza de seus recursos da massa para construí-lo, mantê-lo e proteger esta instituição que determina o quê é certo e errado.

Logo conclui-se que a sociedade junto ao Estado trabalha de forma violenta e coercitiva para  que os indivíduos se encaixem em determinados padrões pré-definidos para o benefício e melhor funcionamento geral da comunidade, mesmo que isto custe algumas vidas como exemplo, de acordo com a teoria do fato social de Durkheim.


Alexandra de Souza Garcia - 1 ano Direito - Noturno.

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