domingo, 13 de agosto de 2017

Progressista e... Paliativo?

Contrariando o posto por Hegel, a história prossegue sem se aproximar de seu fim mesmo que um suposto equilíbrio e igualdade jurídica mostrem – timidamente – seus traços em nossa sociedade, sendo, para tal, necessárias determinadas rupturas, tanto no campo do agir quanto no campo do pensar.
O início da sociologia mostrou-se como uma ruptura com o que antes se tinha como conhecimento, agrupando apenas em cientificismos e exatidões o que se sabia do mundo. Não tratou-se do uma revolução ou descarte drástico de tudo-o-que-já-lhes-ensinaram, mas uma tentativa de expansão para o campo social. Assim sendo, parece-me muito estrito enxergarmos pelas lentes do século XXI a escola precursora da própria sociologia, o Positivismo.
Sob uma ótica mais branda, há de se considerar que o caminho da humanidade não foi apenas calçado por pedras e paus revolucionários, de modo que a importância de reformas não deve ser excluída, tal como as reformas de âmbito intelectual.
O quão difícil faz-se mudar um regime de pensamento secular? O quão gradual devem ser as colocações para que o mínimo de aceitação surja? De que adianta radicalizar um progresso que seja incompatível? Apoiando-nos nesses questionamentos tornamo-nos mais aptos a compreender o progresso sociológico, partindo de Comte.
Infelizmente, alguns insistem que nas veias do corpo social apenas corre o cerne revolucionário, sem se atentar a sua célula principal: o indivíduo, sempre tendencioso a atingir o equilíbrio. Desse modo, o anacronismo e a tentativa de transpor conceitos pós-modernos ao julgar simploriamente o movimento positivista mostra-se incompleto e até injusto. Cabe aí, uma análise despida de preconceitos, o que não a isenta de um olhar crítico; reconhecendo, conquanto a importância não só dos largos passos no caminho do pensar, mas também dos menores iniciais, imprescindíveis ao avanço dos estudos sociais.


Rúbia Bragança Pimenta Arouca 
1º ano Direito diurno

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