domingo, 20 de agosto de 2017

O fato social na cadeira ao lado


                                           



Para Durkheim o fato social é visto como uma coisa, sendo caracterizado como coercitivo, geral e externo. Os fatos sociais permeiam a sociedade, criando ações que não são naturais, mas construídas por meio de instituições, como a escola, ou pelo grupo social. Destarte, o experimento postado acima demonstra de uma forma clara como o fato social é construído. Em uma recepção, um grupo de pessoas (que sabiam do experimento), se levantam sempre que um sinal toca, e quando pessoas leigas entram na sala começam a fazer o mesmo, ainda que sem saber o motivo ou pedir alguma explicação racional. Depois de algum tempo, os participantes iniciais não estavam mais presentes entretanto, a ação continuou acontecendo mostrando como o agir de um grupo é coercitivo e mesmo sem haver vontade individual de se levantar, as pessoas o fazem para serem parte integrantes. Membros de um grupo tomando as mesmas atitudes é algo comum e descrito por Durkheim, pode ser observado tanto em círculo sociais de amizades, membros de uma faculdade, ou em algum grupo específico como punks, indies, hipsters, etc. A vontade individual está ancorada em aspectos sociais, tornando complexo separar o que é próprio do indivíduo, com o que é construído em sociedade. A força das coerções dos fatos sociais são percebidas quando há alguma transgressão, uma anomalia ao que é esperado, sendo seguida de uma reação punitiva que busque restabelecer a norma. As normas a serem seguidas não são estabelecidas apenas pelo direito formal, mas também pelas instituições e grupos que impõem regras e costumes aos quais não podemos escapar. A liberdade de escolha se limita portanto ao que o ser humano conhece, ao que faz parte de sua realidade. 




1°ano Direito noturno

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