domingo, 6 de agosto de 2017

O MÉTODO DA DÚVIDA E A EDUCAÇÃO TRADICIONAL

Desde o surgimento do mundo enquanto civilização humana até a atualidade observamos mudanças drásticas em quase todos os aspectos civis exceto nas instituições de ensino. A educação é aplicada, ainda, através de uma hierarquia necessária em uma realidade onde o conhecimento é tratado como uma grandeza mensurável. Estes pressupostos estão bem evidenciados no formato de aulas expositivas onde se espera que o mestre – aquele mais sábio – transmita aos alunos – aqueles que nada sabem ou que pouco sabem – conhecimentos tratados como lineares e que devem ser somente absorvidos e nunca questionados ou analisados.

Quando René Descartes decide utilizar como método científico a desconstrução de tudo aquilo que é tido como certeza, ele entende o conhecimento como um caminho a ser percorrido e não uma verdade pronta, única e consolidada, como podemos observar no seguinte trecho de O Discurso do Método: 'cheguei à conclusão de que, se a partir da juventude tivessem me ensinado todas as verdades cujas demonstrações procurei depois, e se eu não tivesse dificuldade alguma em aprendê-las, talvez nunca soubesse algumas outras, e ao menos nunca teria adquirido o hábito e a facilidade, que julgo possuir, para sempre descobrir outras novas, conforme me esforço em procurá-las” (Descartes, p.40).

Quando as escolas, desde a educação infantil até o ensino superior, decidirem aplicar o método científico como método de ensino de forma que entenda que o conhecimento é e pode ser produzido em qualquer instância social, uma verdadeira revolução será provocada na formação dos seres humanos enquanto indivíduos e enquanto sociedade. Somente desta forma superaremos superstições e 'sensos comuns' nocivos para o desenvolvimento humano e social de forma saudável e concreta. Um belo exemplo desta aplicação pode ser observado no vídeo abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=5KgABl1codc

Maria Catarina Mahtuk Freitas Medeiros Borges – 1º ano de Direito – Período Matutino


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