quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Fracasso socialista: As liberdades econômicas e civis

O fracasso socialista ao decorrer das décadas remonta às suas bases presentes no socialismo utópico e científico. Enquanto o primeiro defendia uma mudança lenta e gradual, o outro criticava esse pelo caráter burguês, pois estava baseado na transformação da consciência da burguesia. O mais conhecido é o científico, defendido por Karl Marx e Friedrich Engels, e que viam a revolução proletária como meio de se atingir uma sociedade igualitária e com melhores condições de trabalho para o proletariado, esse será o foco do presente texto.
Um dos motivos para o fracasso dessa ideologia seria a busca pela igualdade entre todos, porém essa não levou em consideração as particularidades de cada indivíduo, especialmente as econômicas. O modelo de centralização econômica defendido pela ideologia socialista impediria as relações econômicas naturais entre os seres humanos e a espontaneidade dessas, caso houvesse a implantação desse modelo culminaria na supressão das liberdades civis, como alerta Friedrich Hayek:

“Há um forte risco de que planejamentos econômicos nos levem a autoritarismos”

Além disso, o controle de preços seria algo prejudicial para toda sociedade, essa deixaria de ter a real noção do mercado, desorientando as suas ações e comprometendo o progresso econômico. Tais fatores são observados em países que tentaram implementar o socialismo, apesar de alguns dizerem que não eram ou não são socialismo reais, até quando teremos que ver refugiados políticos e o racionamento de comida desses para que o tal socialismo ideal seja atingido? É de conhecimento de todos a atual crise econômica e social da Venezuela, que durante o período de Hugo Chaves sofreu com planejamentos econômicos, e agora sofre com o autoritarismo de seu sucessor. Não muito distante, há Cuba que sofre do controle de alimentos por parte do governo, além da população sofrer restrições por conta do autoritarismo daquele, vide o caso da jornalista Yoani Sánchez.
Por fim, outro ponto a ser criticado é a teoria da mais-valia:

“Descoberta que veio revelar que o regime capitalista de produção e a exploração do operário, que dele se deriva, tinham por forma fundamental a apropriação de trabalho não pago; que o capitalista, mesmo quando compra a força de trabalho de seu operário por todo o seu valor, por todo o valor que representa como mercadoria no mercado, dela retira sempre mais valor do que lhe custa e que essa mais-valia é, em última análise, a soma de valor de onde provém a massa cada vez maior do capital acumulado em mãos das classes possuidoras.” (Trecho retirado de: Do socialismo utópico ao socialismo científico - Friedrich Engels)

Essa se esqueceu de diversos fatores essenciais. O primeiro é o acúmulo de capital do empresário, que junta dinheiro ao longo de anos, deixa de lucrar com esse, com o objetivo de abrir um futuro negócio que pode dar errado, ressalta-se ainda o dinheiro gasto com máquinas, a necessidade do capital de giro, e a compra da propriedade para a realização de tal empreendimento. Dessa forma, faz parte da lógica que parte do lucro vá para o empreendedor, até porque esse assumiu o risco de perder tudo e de lucrar ao longo de anos, resultado de um investimento a longo prazo. Se não houvesse o desejo de lucrar, o negócio não seria aberto e empregos não seriam gerados.

“Democracia e o Socialismo não têm nada em comum além de uma palavra: igualde; Mas note a diferença: enquanto a democracia procura a igualdade na liberdade, o socialismo procura igualdade na restrição e servidão.”
Alexis de Tocqueville

Nome: Marco Antonio Cid Monteiro da Silva
DIREITO - NOTURNO

Nenhum comentário:

Postar um comentário