domingo, 6 de agosto de 2017

A Procura de Empatia

Na atualidade, vemos uma apreciação pela razão, seja no modo de produzir, seja na vida cotidiana, sobre tudo, na administração do tempo; tais ideais foram discorridas por René Descartes e Francis Bacon, na Idade Moderna. Mas pelo uso exacerbado da razão ocorreram inúmeros massacres.
Em sua explanação, Bacon, fala sobre “ídolos de foro” que por meio das “palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto” levando os homens a serem “arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e fantasias”. Por exemplo, na Alemanha, em 1933, cerca de 10% da população estava desempregada (6 milhões de pessoas); em meio a uma crise econômica e financeira um homem diz que salvaria o país, assim Hitler subiu ao poder.
Para a dominação da natureza no tocante a convivência em sociedade, Descartes, pela razão, dá a entender que devemos seguir as leis independentemente da situação; pois esse seria um fim prático as várias transformações que a natureza sofre. Utilizando-se dessa ideia, a defesa que, defendia os juízes acusados de outorgar “procedimentos para a perseguição por atacado de judeus e poloneses”, no julgamento de Nuremberg, disse que “apenas cumpriram as leis”.
Vemos já com o Francis Bacon, uma crítica assídua aos gregos: “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois, a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril de obras”. Devemos criticar onde erramos no passado, mas, acima de tudo, devemos aprender com isso, produzir com isso. Produzir, no caso do Holocausto, mais amor e respeito, não só a vida, mais também, a todo ser humano.
Ao compilarmos esses pensamentos, vemos que há contemporaneidade com os pensamentos desses dois filósofos, mesmo tendo escrito em meados do século XVI. As pessoas veem um problema e querem sanar o mais rápido possível, independentemente do meio a ser utilizado, por exemplo, a eleição de Donald Trump, ou seja, a eleição de 1933 se repete, agora nos EUA. A razão, quando apenas a levamos sem pensar em mais nada é o que nos “cega”, vide a ação policial desmedida contra manifestantes na Venezeuela, “apenas estou cumprindo ordens”, dizem os policiais. Entende-se então, que razão exacerbada é muito prejudicial, e é o que há hoje. Onde não temos mais o lado emocional das pessoas. Não há mais empatia!


Gustavo Maciel Gomes – Direito – 1ºano – Noturno 

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