domingo, 6 de agosto de 2017

A necessidade da capacidade de discernimento: Fake news

Bomba! Doria acordou moradores de rua com jatos de água “, “Governo Temer vai bloquear dinheiro de contas bancárias da caixa, antes de ser tirado do poder”, “Vacina da febre amarela é fatal”, esses são exemplos de notícias que circulam pela rede mundial de computadores, mais conhecidas como “fake News” ou “notícias falsas”, sendo disseminadas rapidamente e causando impactos na sociedade e em regimes políticos.

Diante do exposto no tratado “Discurso do Método” elaborado por René Descartes vê-se que todos os indivíduos possuem a mesma capacidade de discernir o verdadeiro e o falso, tendo opiniões divergentes por seguirem caminhos diferentes, porém tal capacidade, na contemporaneidade, não é utilizada de forma efetiva. Tal fator é decorrente de diversos motivos, dentre eles tem-se a cegueira proposital ou não das pessoas diante de alguns assuntos, de forma a proteger o seu pensamento ou por simples questão de tentativa de enganar outrem.

No mais, na obra “Novum Organum”, Francis Bacon realiza uma crítica quanto aos que se dizem empíricos, pois esses na verdade utilizam mais a dedução e superstição do que a empiria. Nesse panorama, a elaboração de notícias falsas pode ser dada como fruto dessas que não se apoiam na observação dos fatos ou em experiências vividas, comprometendo o conteúdo e a absorção de conhecimento pelos indivíduos.

A clareza sobre determinado assunto é essencial para evitar a propagação das notícias falsas, evitando a pressa nas reflexões cotidianas, e complementando os deveres com o que Descartes diz: “(...) efetuar em toda parte relações metódicas tão completas e revisões tão gerais nas quais eu tivesse a certeza de nada omitir.”.


Marco Antonio Cid Monteiro da Silva – DIREITO - NOTURNO

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