terça-feira, 8 de novembro de 2016

As cotas tem sido alvo de discussão há um certo tempo, existindo pessoas a favor e contra ela desde que foi sancionado no ano de 2012. Mesmo com o objetivo de incluir grupos sociais que foram historicamente discriminados e atualmente não tem as mesmas condições em relação aos outros grupos para ingressar no Ensino Superior, muitos ainda afirmam que as cotas ferem a tão prezada igualdade prevista no artigo 5º da Constituição Federal, já que todos devem atingir seus objetivos pelo próprio mérito.
Entretanto, nessa visão ideal de igualdade, é desconsiderado que o ensino público não tem o mesmo patamar que das escolas particulares e as condições econômicas de cada estudante, por exemplo. Não se vê que para alguns o leque de oportunidades para se atingir o sucesso é muito maior do que para outros. Portanto, as cotas raciais seriam uma maneira de tentar reparar esse desfalque de nossa sociedade e tentar com isso, que pessoas de diferentes etnias e classes sociais conquistem sua vaga no ensino superior.
A tensão entre a regulação e a emancipação social seria a solução moderna, segundo Boaventura de Sousa Santos, para um problema moderno, porque dessa maneira, mantem-se a regulação do Estado de Direito e ao mesmo tempo, se mantem a luta para inclusão dos excluídos no contrato social. Logo, relacionando esta ideia de Boaventura com o tema discutido aqui, é notável que as cotas se seriam uma solução moderna para a exclusão e ilusão da meritocracia.


Stella Cácia Bento Schiavom – 1º ano de Direito (noturno)

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