sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Submissão que liberta

Quando nascemos, já existe dentro dos demais indivíduos uma expectativa (quase uma certeza) do que seremos. É como um grande dogma que determina nosso comportamento e nossa função no todo, Durkheim chama isto de consciência coletiva, essa consciência é algo tão forte e íntrinseco nos indivíduos que consegue transcender e se tornar algo a parte, superior, que pune todo aquele que se levanta contra esta força.
Contudo, o que faz com que um indivíduo queira se desvincular desta consciência? Tal pergunta se respinde facilmente ao analisarmos, mesmo que de forma superficial, a situação das minorias sociais. Assim como todo indivíduo, aqueles pertencentes às minorias tem seu comportamente pré-determinado pela consciência coletiva, no entando, esta participação no todo não significa necessariamente que estas minorias ocupam lugares igualitários e justos no comportamento padrão da sociedade em que está inserido. É destas injustiças que surge a tentativa de romper com o comportamento estabelecido pela consciência coletiva, que responde com punições tão certas quanto as estabelecidas por lei, estas punições são o machismo, a LGBTfobia, o racismo, etc.
E o que leva outros tantos indivíduos, mesmo os que fazem parte das minorias, a defenderem e seguirem, como devotos esta consciência?
Há uma recompensa a quem aceita esta consciência. É a sensação de liberdade, a aceitação e o privilégio de saber que faz parte do todo e age para a manutenção deste. É uma submissão que liberta das penas. Cabe a cada um escolher se quer ser penalizado ou submisso.

Aline Oliveira da Silva
1° ano, Direito matutino

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