segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Marx e a luta de classes

Marx discorre sobre como a história é sempre marcada pela luta de classes. Segundo ele, a mudança de uma época se dá através de uma classe oprimida – força de mudança -  se sobrepondo a uma classe dominante – força de conservação – através de uma revolução. No filme “Os Sonhadores”, de Bernardo Bertolucci, existe uma fala que simplifica essa ideia: “a revolução é uma insurreição, uma ato de violência no qual uma classe invalida a outra”.
A modernidade é marcada pela ascensão da burguesia e invalidação da nobreza; com isso, surge uma nova classe de oprimidos: os proletários. Daí, nasce a luta de classes que marca toda a modernidade. A burguesia, antes uma força de mudança, passa esse papel à classe proletária e se torna, com o tempo e seu fortalecimento, uma força de conservação nessa luta. Essa mudança de papel pode ser observada em diversas sociedades anteriores.
Aponta que a burguesia não pode exercer o papel de domínio pois não permite à classe oprimida nenhuma possibilidade de ascensão, uma vez que a evolução da indústria prevê uma queda nas condições dos proletariados. Por isso defende que “a burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros”.

O comunismo é, por definição, a abolição do Estado. Mas, antes de acontecer, existiria a fase transitória, o socialismo; nele, a propriedade privada seria abolida e o Estado se apropriaria dos meios de produção a fim de assegurar a igualdade e impedir qualquer iniciativa privada visando lucro.
Além disso, afirma que a infraestrutura (modo de produção) de uma sociedade define toda a superestrutura, que é constituída pela política, pelo Direito e pela religião, ou seja, instituições responsáveis pela disseminação de ideologia. A aceitação da ideologia da classe dominante pela classe dos dominados é um importante elemento para a legitimação e, portante, manutenção do capitalismo.
As opressões que conhecemos, como racismo, machismo e homofobia, são instrumentos que o capitalismo utiliza para aumento de mais-valia. Por isso, é inconcebível que o sistema capitalista acabe com as opressões pois seria um prejuízo grande para o mesmo.

Ana Luísa Ruggeri
1º ano - Direito matutino 

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