terça-feira, 23 de agosto de 2016

As determinações como fuga do senso comum

Karl Marx e Friedrich Engels foram dois revolucionários alemães do pensamento socialista. Suas contribuições foram muito valiosas para os movimentos socialistas do século XIX e XX, bem como para a grande Revolução Russa de 1917. Seus estudos, muito avançados no âmbito da ciência, fizeram com que fosse possivel a criação de uma metodologia científica marxista, a qual se traduz, muitas vezes, no materialismo dialético. Tal denominação advem  do seu modo, em particular, de estudar e conceber a natureza, que seria o dialético, de contraposições. Já o modo de interpretar e focalizar esses fenômenos é o materialista.  
Tal teoria é realizada a partir da formação de uma tese. A antitese faz a contraposição desta e, por meio do embate entre as duas, surge a sintese. A dialética, então, explica a humanidade através do conflito de ideias. Desse modo, o homem, como pertencente a humanidade, passa pelos processos dessa teoria, sendo que este, a partir de teses e antiteses, a partir do objeto, na dialética, estar em constantes modificações, representa a sintese de muitas determinações. Esse fato faz com que este homem não seja  ponto de partida, mas sim um resultado de diversas determinações de sua existencia.  
Sendo assim, o individuo que acaba por cometer um assassinato pode ser compreendido de maneiras diferentes, dependendo principalmente da vertente sob qual este sera analisado. Para Augusto Comte, fundador do positivismo, o homem seria o ponto de partida para aquela ação. Fatos anteriores não seriam considerados sob a ótica comteana, de modo que seriam analisadas apenas partes isoladas. A condenação desses atos, pela sociedade, é muitas vezes realizada sob essa perspectiva. Para os pensadores alemães, o homem seria fruto de suas determinações, que se sucedem durante toda sua vida. Assim, o assassinato seria tratado de modo distinto, procurando a relação do objeto( assassinato) com o meio ao redor do homem.  
Conclui-se que o homem é analisado de acordo com o que sua experimentação agregou na sua existencia, e sendo assim, a analise torna-se mais pessoal e foge do senso comum de que todo assassino encontra-se sob denominação de ''monstro'' ou psicopata. A ótica marxista, então, parece-nos mais justa por que leva em consideração muitas determinações que são importantes para o processo de entendimento das ações humanas.  


Ianca Tonin - 1° ano direito matutino 

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