segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A revolução frente ao atual cenário político brasileiro

Karl Marx explica as mudanças na história através do materialismo dialético e da luta de classes. O feudalismo passava por uma grave crise entre os séculos XIII e XVI, causada pelos defeitos do próprio sistema, e nesse momento ocorre o renascimento urbano e comercial, dando origem a uma nova classe: a burguesia. Assim, tese e antítese se confrontam, dando origem a uma nova organização política e econômica. A mesma linha de raciocínio guia a ideia marxista sobre a revolução do proletariado, que causaria o fim do capitalismo e surgimento do comunismo.
A conjuntura política do Brasil apresenta uma nítida bipolarização: a esquerda representada pelo Partido dos Trabalhadores e a direita representada pelo Partido da Social Democracia Brasileira. Nos últimos tempos, porém, percebemos que não há tanto distanciamento entre ambas as partes. A esquerda tem se aproximado de partidos de ideais contrários aos seus na tentativa de manter-se no poder e de garantir a governabilidade. Além disso, após cerca de 13 anos de governos de esquerda, a então presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo.
O enfraquecimento da esquerda na política brasileira poderia significar a diminuição dos ânimos de uma possível revolução e, consequentemente, afastar a realidade das ideias marxistas. Entretanto, segundo Marx, enquanto a sociedade de classes existir, enquanto a relação opressor e oprimido não for interrompida, haverá certa atualidade na revolução. Mesmo aqueles que não defendem o comunismo como alternativa ao capitalismo passam necessariamente pelos estudos de Marx para propôr um novo sistema.


Gabriela Fontão de Almeida Prado (diurno)

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