domingo, 1 de maio de 2016

A aceitação (ou não) das imposições sociais

          Durkheim considera que a sociologia é a ciência que retrata a realidade e, por isso, cada sociedade se explica por si mesma, pois os fenômenos sociais exercem funções diferentes em sociedades diferentes. Isso é denominado de “causalidade eficiente”. Essas funções distintas ocorrem devido a mistura de diferentes culturas e costumes.

          O pensador também estudava os “fatos sociais”, que, segundo ele, deveriam ser analisados como coisa, já que são independentes do indivíduo, mas analisam as ações humanas em sociedade, associando-as às regras vigentes no local. Nota-se, então, que o filósofo considera o coletivo como mais importante que o individual. Durkheim também observava as normas de determinado grupo. Ele afirma que a resistência às regras não torna o indivíduo livre, pelo contrário, o sociólogo acredita que não há forma de se fugir das normas, já que elas são coercitivas e impostas pela sociedade. Prova disso é o próprio “estar na moda”. O que são as tendências senão meras imposições da sociedade (ou “reproduções de um modelo coletivo”) para que um indivíduo seja aceito em um determinado grupo?  Para o pensador, até mesmo as pessoas que querem romper com esse padrão estabelecido pela sociedade procuram grupos que as aceitem e as apoiem. O indivíduo, portanto, não sobrevive sem o coletivo.

          Os “fatos sociais”, então, estão presentes no nosso cotidiano, sendo que é praticamente impossível o rompimento total com eles. Isso leva a formação de uma sociedade que age conforme a opinião do coletivo, e não da do indivíduo. Portanto, todos precisam dos outros e todos são influenciados pelos outros, seja seguindo os padrões ou indo de encontro a eles.

Mariana Smargiassi - Primeiro ano de Direito (diurno)


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