sábado, 16 de abril de 2016

Ordem e progresso pra quem?

Logo em seus primórdios, o pensamento positivista de Augusto Comte encontrou terra fértil no círculo de intelectuais brasileiros. Seja na literatura, no exército ou na política, até hoje o país sofre as influências da “ordem e progresso”. Tanto no âmbito público como privado, o povo brasileiro é extremamente conservador e radical – por mais que tente usar sua máscara de “gente amistosa e receptiva”, não age assim para com seus conterrâneos.
A ideia de trabalho como meio de inserção social, demonstração pública de dignidade e honestidade cultivada por séculos levanta uma discussão acerca de políticas sociais como o “Bolsa Família”, no qual discute-se que o referido serve apenas para sustentar preguiçosos quando na verdade é um instrumento de acesso aos direitos sociais, muitas vezes negado pela inexistência de oportunidades trabalhistas em função de preconceitos – como acontece com mães solteiras, ex-detentos, entre outros.
Relacionando as ideias de Comte com os acontecimentos hodiernos em torno das Olimpíadas no Rio de Janeiro, tantos trabalhadores aposentados, os quais dedicaram anos de suas vidas em torno da prestação de serviços ao Estado, estão tendo seus direitos negados. Ao passo que as obras estão a todo vapor, o salário dos servidores públicos está caótico, com os pagamentos em atraso. Que ordem e progresso é esse que o Brasil quer mostrar? Para os gringos? 
Algumas medidas devem ser sopesadas e revistas, principalmente quando o morador sede sua cama ao hóspede e, quando este vai embora, sua cama está toda aos pedaços. 


Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2016/04/1761597-rio-nao-tem-como-te-defender.shtml > . Acesso em 16 de abril de 2016

Letícia Felix Rafael, 1º ano – Direito (noturno) 










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