domingo, 17 de abril de 2016

O positivismo na educação



Precursor do pensamento positivista, sendo seu principal expoente, Auguste Comte sistematizou os princípios da corrente filosófica, enxergando as relações sociais em suas vinculações. Preconizando uma corrente de pensamento que visava promover uma radiografia sistêmica da sociedade, ante mesmo aos indivíduos, Comte tornou inteligíveis as variações às quais esta sociedade está suscetível.
Em determinada passagem de sua obra, Auguste Comte ressalta como um dos pontos para se atingir o Estado Positivo a necessidade de se implementar uma reforma na educação, com o intuito de romper com o isolamento das ciências. Apesar de breve, tal observação serve com substrato para algumas avaliações acerca do arranjo educacional brasileiro atual.
Inicialmente, pode-se destacar o fato de a educação brasileira, sobretudo o ensino de base, ser extremamente engessada, ocorrendo um estudo das ciências que pouco se relacionam entre si. A demasiada tecnicidade da educação torna obscura a aplicação das ciências, arregimentando uma estrutura viciosa de ensino.
 Essa perspectiva é potencializada ainda pelo sistema do vestibular, que atua como um filtro social, e vale-se de uma forma de avaliação pouco efetiva, priorizando conhecimentos incipientes, em detrimento de uma formação crítica do educando.
Dessa forma, percebe-se que, embora o pensamento positivista tenha contribuído para o fortalecimento das ciências, ao considerar sua influência na educação nacional, um fenômeno inverso emerge, na medida em que o conhecimento encontra-se encaixotado e inibe a possibilidade de os indivíduos promoverem uma análise rigorosa da sociedade em que estão inseridos. 
Paulo Henrique Soares de Lacerda - 1 Ano Direito - Diurno.

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