sábado, 2 de abril de 2016

O Comte de hoje

           Auguste Comte é considerado o fundador da filosofia positivista ( ou cientificista ). O filósofo acreditava em uma ideia de progresso, isto é, a humanidade está em constante progresso, até alcançar um fim comum. Para isso, o pensador estabelece estágios de desenvolvimento: O teológico, que vincula-se com a ideia de obtenção de respostas por meio da religião; o metafísico, o qual esclarece suas dúvidas com o auxílio da filosofia; e por último o positivo, o qual se utiliza da ciência.
          A ideia do pensador de que existiriam graus do desenvolvimento de uma sociedade, hoje, é considerada eurocêntrica e incorreta. Entretanto, digerindo essa ideia de desenvolvimento conjunto, e caminho a ser trilhado para alcançar o progresso, me pergunto: Até que ponto isso é realmente errado?
         O advento da globalização integrou o mundo como nunca antes. A cada dia o mundo se encontra cada vez mais interligado e interdependente. Essa conexão mundial, de certa forma, direciona um bloco de nações para um destino comum. Isso porque, há muita influência de potências mundiais, como por exemplo os Estados Unidos, na economia, cultura e política de diversos países que integram a grande rede da globalização. É como se as potências mundias estivessem em um grau de desenvolvimento a qual o mundo deseja alcançar. Nesse aspecto, a ideia de progresso de Comte poderia ser adaptada para os dias de hoje.
        Sendo assim, observamos que, por mais eurocêntrico que posso parecer, o pensamento Comteano, quando desmembrado e observado na atualidade, poder ser motivo de debates e reflexões. Sendo assim, concluímos que o capitalismo e a globalização subsequente provoca a divisão e o progresso pelo capital que transporta as escrituras comteanas do século XIX para o XXI.

Guilherme Araujo - 1* ANO noturno

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