sexta-feira, 25 de março de 2016

Reforma no pensamento para a construção de um novo mundo

          O físico analisa o mundo através da razão e tenta entender seu funcionamento. O poeta admira o mundo através do sentimento e busca interpretar sua experiência. O político vê o mundo com a praticidade de quem precisa apenas de medidas aplicáveis. E apesar de tantas diferenças, há algo em comum entre eles: o mundo. Existem inúmeras maneiras de interpretar uma única realidade. O melhor caminho, entretanto, para solucionar as enfermidades do mundo é não limitar-se a uma visão confortável a sua posição.
          No filme Ponto de Mutação, uma física, um poeta e um político trocam informações e opiniões acerca de uma crise global. Esta, a qual chamam de “crise de percepção”, consiste na falta de abrangência da análise e entendimento humanos, o que impossibilita a solução dos problemas vigentes.
          Faz-se necessária a superação do método cartesiano, importante a sua época mas ineficiente na atualidade. Para Descartes, era necessário analisar as partes para entender o todo, vendo a natureza como uma máquina. O mundo, porém, é uma união de sistemas, todos conectados, que precisamos tratar em sua plenitude.
          Das ideias contidas no filme, podemos abstrair vários exemplos atuais. Na área do direito, pode-se citar a superpopulação carcerária, problema que alguns teimam em resolver com a construção de novas penitenciárias. Entretanto, a real solução encontra-se em outros campos, como educação e economia.
          Enquanto a visão mecanicista vigorar em detrimento da visão sistêmica, as soluções serão, na verdade, “quebra galhos”.


Gabriela Fontão de Almeida Prado, 1º ano de direito diurno.

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