domingo, 27 de março de 2016

A visão multifacetada

O filme Ponto de Mutação apresenta a visão de três diferentes profissionais sobre o mundo, deixando claro o foco em discussões acerca da ciência moderna, desenvolvimento econômico, e O impacto ambiental deste, em meio aos conflitos pessoais de cada um dos personagens.

Assim, o filme baseado no livro de mesmo nome do escritor Fritjof Capra mostra os pontos de vista de uma física que se vê desiludida com a própria profissão, um político americano que perdeu as eleições presidenciais e um poeta recém divorciado que se encontra na crise da meia idade. Analisando os personagens como um todo, são pessoas que passaram por frustrações de origens diversas e que a partir delas colocaram sob questionamento suas vidas, visão de mundo e tudo aquilo que acreditavam ser real ou verdadeiro.

Um dos principais questionamentos apresentados em meio as discussões se dá sobre a visão cartesiana, unilateral, ou seja, sobre a necessidade de fragmentar o mundo em partes para tentar compreendê-lo e solucionar seus problemas, maneira vista por muitos como a forma clara e objetiva de fazê-lo. Em contrapartida, é apresentada a ideia de que a visão deve ser unificada, ou seja, que não basta a solução de uma parte do problema se as demais não forem solucionadas, ou nem mesmo analisadas. Assim, o filme deixa a sua grande reflexão, que pode ser aplicada facilmente aos dias atuais, um período de crises políticas e econômicas no cenário nacional, mostrando que não basta resolver o problema em seu menor fragmento, mas que ele deve ser olhado como um todo e a solução buscada da mesma forma, para que assim exista o efeito esperado e não apenas uma mudança temporária.
Camilla Bento - Direito (Noturno) 

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