domingo, 27 de março de 2016

A rosa que o Tio me deste

A vida se foi num estrondo.
Esvaiu-se no abismo escuro.
Aquietaram-se os moleques
e as gueixas,
aumentaram todas as queixas.
Risos esquecidos,
o choro do bebe destruído.
Uma mancha densa. Uma mancha
sangrenta e espessa.
Foi fumaça, foi força exagerada.
Nas escolas um susto.
Pra quê? Por quê?
Não existem respostas.
Estão todas tortas.
Que Tio é esse? 
A rosa despetalada, sem perfume
sem explicar nada,
devastou uma nação.
Foi-se o coração nipônico.
Foi-se a fertilidade,
só rosas de fumaça nasceriam,
só sementes de fumaça se semearia,
e o câncer de verdade se instalaria.
Só.
Uma chuva negra regou a plantação do arroz
submerso no obscuro o arroz
e a moral.
Que parte que somos? 
Um todo, um sistema?
Mil problemas
Uma percepção
A ciência da explosão.
Um vácuo e um pensar
Comtemplar ou praticar?
Vamos transcender.
Unir os fragmentos interpretativos
Sistemas vivos.
Nação.
Ferro, laser, árvore, animal. 
Onde chegamos afinal?
Vamos matar irmãos? Vamos matar inocentes?!
Vamos pedir perdão?
Vamos distribuir rosas que não sangrem assim.

José Eduardo Adami de Jesus - 1 Direito (noturno)

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