sábado, 8 de agosto de 2015

Sobre Badiou, Subjetividade e Weber



“Não há sempre sujeito, ou sujeitos. Digamos que o sujeito é tão raro quanto as verdades”. Conforme discutido pelo filosofo A. Badiou, o homem contemporâneo tornou-se objeto, objeto de uma sociedade coercitiva. Porém, é incapaz de perceber que não está mais a frente de suas decisões. O resultado disso, é um sujeito esvaziado de sentido pessoal, que flutua ao sabor das notícias, programas, opiniões e teorias do momento.

Conforme, ainda, discutido pelo sociólogo Max Weber, mesmo quando analisa-se entes coletivos como o Estado, deve-se considerar a ação dos indivíduos, que é transformada de acordo com a sociedade em que vivem. Vale ainda ressaltar, a opinião do psicólogo social Kenneth Gergen, que se refere a esse processo através do termo “multifrenia”, que é caracterizada por ser uma síndrome normal da pós-modernidade caracterizada pela dissociação do indivíduo numa multiplicidade de investimentos. Dessa forma, a identidade já não é vivenciada como una e estável, mas sim sujeita a uma multiplicidade de manifestações, por vezes díspares e inusitadas aos olhos de um observador externo.

Enfim, já não existe mais uma essência individual à qual a pessoa permanece fiel ou comprometida. A identidade é continuamente emergente, reformada e redirecionada na medida em que a sociedade deseja.


Contudo, a fim de solucionar o problema da débil e frágil subjetividade do homem do século XXI, são necessárias reformas na educação  à época da formação da personalidade de jovens e crianças. Além disso, é preciso “nadar contra a maré” da sociedade, mesmo que seja árduo e desafiador. Assim, sujeitos não serão mais tão raros, como afirma Badiou, ou arrastados pela sociedade, como discute Weber, mas sim, a maior parcela populacional da sociedade contemporânea.


Heloísa C. Leonel
1º ano Direito Diurno  

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