domingo, 5 de julho de 2015

Ruptura com a abstração

    O conhecimento meramente abstrato sofreu duros golpes desde seu ápice na Grécia Clássica.As questões levantadas por Epicuro,Demócrito,Parmênides e Heráclito foram postas de lado em detrimento de análises mais objetivas e que visavam explicar não o que era em essência,mas o que seria de uso prático.Na ciência,o golpe foi desferido pelos racionalistas,como Descartes e Bacon.Na filosofia,as questões ontológicas ganham nova perspectiva prática com o materialismo dialético e a sociologia.
    Para Engels,cientista social alemão,o momento da ruptura foi determinado por uma condição histórica inédita: a revolução industrial,que trouxe a produção  motivada pela escassez planejada e não pela necessidade.As camadas sociais encontravam uma nova divisão,discrepante.A pirâmide de renda ficava cava vez mais afunilada.A sociedade se movia,mas as sínteses até então,seja positivista comtiana ou do fato social durkheimniano não acompanhavam o dinamismo social.Hegel chega a compreender a importância de desvencilhar-se da metafísica,mas se restringe ao idealismo.Hegel foi muito importante no desenvolvimento do materialismo dialético como uma análise do historicismo auxiliando a perceber a dinâmica da "luta de classes"
    O capitalismo industrial troxe uma dinâmica social totalmente nova.Uma dinâmica que manteve-se inalterada durante 500 anos,o feudalismo permaneceu com sua estrutura praticamente inalterada.A dinâmica citadina trazida pelo comércio alterou-se drasticamente com a substituição do mestre de ofício pelo operador de máquinas.O trabalho,aspecto ontológico da existência humana(segundo Engels) é transformado em uma atividade que sequestra a liberdade do trabalhador,subjugado pela necessidade do capital.Engels traz,com sua filosofia,uma alternativa para que o homem fuja de sua falsa liberdade,subordinado à sociedade industrial,e vá a luta por um Direito que o defenda.

Diego Franco Veloso 1o ano Noturno

Nenhum comentário:

Postar um comentário