domingo, 19 de julho de 2015

Quem é que financia a miséria?


Exploração. É a partir daí que se formam as relações sociais não só da contemporaneidade, como de toda a história da humanidade. Patrício e plebeu, escravo e senhor de terras, barão e servo: sempre houve oposição entre duas classes que, apesar de diferentes denominações, seguiam uma mesma ideia – uma opressora e outra oprimida, assim como apresentado por Engels e Marx em seu Manifesto do Partido Comunista.
Saíram de suas tocas com o espírito do capitalismo até cada fio de cabelo, colonizadores selvagens, levando a “civilização” – na verdade, procurando matéria-prima, e alguém para explorar e manter a relação de exploração – mataram, escravizaram, impregnaram as novas colônias com a cultura do capital, e acabaram com o modo de vida coletivo, com o sentimentalismo, com o “selvagem” que se fez perceber mais humano que eles próprios.
Navios negreiros não cruzam mais o oceano, mas o trabalho, o dinheiro e o materialismo continuam escravizando, numa realidade muito mais perturbadora. A mente humana foi de certo modo tão condicionada que acreditamos viver numa liberdade plena – realmente há uma liberdade: se pode fazer uma escolha entre comer em uma ou outra grande rede de fast-food, ou entre vestir essa ou aquela marca de roupa. Não há uma real liberdade intelectual, se pensa o que os grandes empresários do capitalismo querem que pensemos. Como escapar das correntes do capital?
O problema é que o bem-estar e a posse de bens materiais só existem a custo de muita miséria. Uma criança na China pode estar trabalhando de maneira análoga a de escravos, produzindo dezenas de sapatos por dia, em condições terríveis, para que um grande empresário fique cada vez mais rico e para que nós compremos um calçado por um preço relativamente barato, afinal, sai muito mais caro para os trabalhadores-escravos.
A mais-valia, a parte que o trabalhador produz que não lhe é destinada, simplesmente passa despercebida. Nossas mentes já foram condicionadas até tal ponto em que acreditamos na justiça do capitalismo, acreditamos que recebemos aquilo que merecemos e ignoramos a miséria, a desigualdade, fechamos as portas para outro ser humano que passa fome na rua. Marx e Engels propuseram uma solução a esses problemas: o Comunismo. Acontece que algumas experiências baseadas no comunismo já se provaram ineficazes, talvez seja impossível realiza-lo em sua forma mais pura. Porque só é possível conhecer um homem quando lhe dão Poder. Como escapar desse padrão? A história mostrará. O capitalismo já teve seu auge, e como tudo, deverá ter seu declínio.

Alexandre Bastos
1º ano Direito - Diurno
Introdução à Sociologia - Aula 8

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