domingo, 5 de julho de 2015

Operário Quem





Operário Quem

E ouve-se a máquina a trabalhar
Dia e noite, noite e dia
Não sente mais dor nem apatia
Só trabalha sem parar

E a máquina não funciona sozinha
Fabricam-se os tecidos, as linhas
Dezesseis horas por um salário
Assim vive o operário

Fome?  Não tem mais fome
Alma? Também não tem
Nome? Ninguém sabe seu nome
É aquele operário. Operário quem?

O filósofo então escreveu
Um mundo em que trabalho é mais-valia
Só pode ser um mundo de tirania

E assim viram os estudiosos
A situação da classe trabalhadora na Inglaterra
Unam-se, disseram
Unam-se e governem sua terra!

E os dois disseram naquele momento
Que um mundo sem capital
Era um mundo sem sofrimento

Em que operário e patrão é tudo igual

Juliana Novaes Bueno de Camargo - 1o ano Direito Noturno

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