sexta-feira, 17 de julho de 2015

O comunismo para Marx e Engels

A obra “Manifesto do Partido Comunista” reflete a visão crítica de Marx e Engels sobre o capitalismo, a luta e a necessidade da união dos proletários contra a burguesia. Publicada em 1847. Constituindo-se num importante documento que delineava em seus pontos essenciais as bases econômicas e a luta de classe como o motor da história. Segundo seus autores, para surgir uma sociedade sem classe e sem exploração, esta só seria possível através da união dos proletários.
Desde os primeiros tempos da História a sociedade existiu através da luta de classes sociais, ou seja, entre burgueses e proletários, verificamos assim, quase por toda parte, uma completa divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condições sociais que reina até os dias de hoje. Com o desenvolvimento da burguesia (capital), desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, que só podem viver se encontrarem trabalho e que só o encontram na medida em que este aumenta o capital. Esses operários, constrangidos a vender-se diariamente, são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro. De todas as classes que ora enfrentam a burguesia, só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária. As outras classes degeneram e perecem com o desenvolvimento da grande indústria; o proletariado, pelo contrário, é seu produto mais autêntico. O movimento proletário é o movimento espontâneo da imensa maioria em proveito da imensa maioria. O proletário, a camada inferior da sociedade atual, não pode erguer-se, pôr-se de pé, sem fazer saltar todos os estratos superpostos que constituem a sociedade oficial.
A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado. Este baseia-se exclusivamente na concorrência dos operários entre si. Os comunistas apoiam os proletários como um todo, pois objetivo imediato dos comunistas é o mesmo que o de todos os demais partidos proletários: constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder político pelo proletariado. A característica distinta do comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa. O capital é um produto coletivo: só pode ser posto em movimento pelos esforços combinados de muitos membros da sociedade, O capital não é uma força pessoal; é uma força social. Assim, quando o capital é transformado em propriedade comum, pertencente a todos os membros da sociedade, não é uma propriedade pessoal que se transforma em propriedade social. A teoria dos comunistas pode ser resumida na sentença: abolição da propriedade privada, o fim da exploração dos muitos pelos poucos.
Na sociedade burguesa existente, a propriedade privada já acabou para nove-décimos da população. A sua existência para os poucos deve-se simplesmente à sua não existência nas mãos desses nove-décimos. O comunismo não retira a ninguém o poder de apropriar-se de sua parte dos produtos sociais, apenas suprime o poder de escravizar o trabalho de outros por meio dessa apropriação. Na proporção em que a exploração de um indivíduo por outro termina, a exploração de uma nação por outra também terminará. Na proporção em que o antagonismo entre classes dentro de nações desaparece, a hospitalidade de uma nação para outra terminará. Em suma, o comunismo é a ruptura mais radical com as relações de propriedade tradicionais existentes no capitalismo, em que o desenvolvimento livre de cada um é a condição para o desenvolvimento livre de todos.
Pode-se finalizar dizendo que essa obra em questão constitui um magnífico instrumento para a humanidade, pois nos pensamentos transcritos nesse documento representa um agudo grito contra o processo mecânico e a alienação do homem, contra sua perda da cidadania, de humanidade e sua transformação em objeto explorado.


Thais Amaral Fernandes - 1 ano Direito Diurno 

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