domingo, 19 de julho de 2015

Marx e o manifesto

Karl Marx (1818/1883), famoso filósofo alemão do século XIX, tem como uma de suas principais obras “O Manifesto Comunista”, que foi publicada no ano de 1848. O livro tem a coautoria de Friedrich Engels, outro importante pensador alemão, que, junto a Karl, foi responsável por fundar o socialismo científico, também conhecido como marxismo. A obra em questão trata de uma análise minuciosa do capitalismo e, devido a isso, começa apontando um breve histórico da luta de classe.
Segundo as palavras de Marx, o embate entre as classes, sempre esteve presente na sociedade e é categórico ao afirmar que tal luta sempre acabou com a “transformação revolucionária ou com a ruína das classes em disputa”, pois o opressor e o oprimido estiveram, durante a história, em posições bem distintas. Diante disso, o autor alega que a sociedade capitalista, surgida a partir do fim do sistema feudal, não colocou fim as diferenças existentes. Ela apenas criou novas classes, novos meios de opressão e, consequentemente, uma nova maneira de se lutar.    
No contexto da superação do modo de produção feudal, surgiu a manufatura como forma de aumentar a produção e, posteriormente, a indústria com o advento da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra durante a segunda metade do século XVIII. Contudo tal processo, desde o princípio, visa empreender a atividade humana a fim da obtenção de lucros. O conceito de “mais-valia”, desenvolvido por Marx, deriva da exploração da classe operária feita pelos detentores dos meios de produção. A “mais-valia é uma expressão que significa à diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, o lucro decorrente dessa exploração, segundo o autor, continua a crescer e as necessidades da classe operária não são resolvidas na mesma proporção.

Porém Marx conclui que a burguesia foi responsável por criar seu próprio inimigo. Ao subjugar a classe dominada a extremos como o aumento do jornada de trabalho, do uso de maquinarias, da divisão de trabalho e com a redução do salário, o proletariado será o próprio responsável a lutar por condições mais justas e dignas de trabalho. Segundo as próprias palavras do autor “(...) com o desenvolvimento da indústria, o proletariado não só aumenta em número, como torna-se concentrado em massas maiores; sua força cresce e ele sente mais essa força”. Assim Marx aponta para a importância de que os operários se organizem em grupos que representem seus interesses em detrimento da classe dominante. 

Matheus Vital Freire dos Santos - 1º ano - Direito Noturno

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