sábado, 16 de maio de 2015

Sempre visando o progresso

  Descartes e Bacon ao darem origem à Ciência Moderna, com seus métodos racionais e maquinistas, contribuíram para a formação de uma nova filosofia, a filosofia positiva, que criada por Augusto Comte, tem como principal característica o estudo dos fenômenos sociais e suas relações, mas de um modo neutro, sem buscar suas causas.
  Mas Comte, ao contrário de Bacon, não despreza a filosofia antiga. Na verdade, para ele, ela foi muito importante no caminho para se chegar à ciência positiva, pois sem os estágios teológico e metafísico do conhecimento humano, não se poderia ter feito observações que levaram às concepções e teorias que são o fundamento dessa ciência.  Assim, o pai do positivismo aceita as influências desses estágios anteriores, em razão de contribuírem para o progresso, que é um de seus principais objetivos.
  Outro fato importante da filosofia positiva é a classificação e ordenamento que faz das ciências fundamentais de acordo com a subordinação que existe entre elas: matemática, astronomia, física, química, fisiologia (biologia) e física social. Sendo essa última, a mais importante e complexa de todas, que estudaria e reestruturaria as relações sociais, sempre visando ao progresso.

  E para se ter noção da importância dessa nova ciência, basta somente observar a influência que ela teve e ainda tem. Foi a partir desse positivismo filosófico de Comte, que adveio o positivismo sociológico (Durkheim), o positivismo histórico (Leopold Von Ranke) e o positivismo jurídico (Hans Kelsen).  Além disso, o positivismo também influenciou a política como no caso do Brasil República, em que se instaurou na nossa bandeira o lema “ordem e progresso”, de cunho totalmente positivo, pois para este ordem é condição necessária para o progresso. 

Paula Santiago Soares
1º ano de Direito - Diurno

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