domingo, 24 de maio de 2015

Positivismo, conservadorismo e século XXI

   Fundada no século XIX, a doutrina positivista presidiu a primeira participação ativa da ciência moderna na organização social e constitui até hoje uma das alternativas fundamentais em termos de conceito filosófico, uma vez que busca uma reforma do pensamento humano para o melhor estudo e compreensão da sociedade. Para isso, é necessário ultrapassar os estágios antecedentes ao estado positivista/científico, úteis ao amadurecimento das formas de entendimento e explicação do mundo, que são o teológico e o metafísico, uma vez que estes explicam os fenômenos por meio de seres sobrenaturais ou abstrações/ideias que não podem ser comprovadas cientificamente, como por exemplo, uma mensagem de Deus. Assim como Hobbes, Comte afirmava que a sociedade humana vivia um ''caos social'', que seria regulado pela ciência e pela ordem, gerando o progresso das sociedades e dos que vivem nela.
   Doutrinas religiosas, ‘’mito do bom selvagem’’ (Rousseau) são misticismos muito abstratos para Comte. Para ele, devem existir leis invariáveis, que são fatos recorrentes que se repetem, como as instituições, que são como a lei da gravidade, sendo seu papel manter a sociedade duradoura. A cultura vive nessas instituições (família, escola, Direito, moral, igreja, etc) e a monogamia, por exemplo, é uma instituição no imaginário coletivo que nos condiciona a uma obediência subentendida de acordo com os princípios ocidentais. Qualquer coisa que desvie do padrão é anormal, por exemplo, a binariedade dos sexos (heterossexualidade) que perpetua a espécie humana, deve ser estática e invariável: "a orientação sexual deve ser aquela de natureza humana, uma vez que a procriação é a ordem da normalização'' uma vez que a procriação relaciona diversas instituições, como a família, escola e moral e deve seguir um padrão. 
    No estado positivista, a burguesia tem o papel central, onde o Estado é o elemento concentrador da racionalidade e deve prevenir o bem-estar social em suas diversas células. Por exemplo: divórcio, prostituição, adultério, homossexualidade são ‘’fraturas da célula social’’, uma vez que a instituição-família transmite valores e exige-se o respeito automático dos cidadãos aos costumes tradicionais. Além disso, para Comte, a felicidade é um bem público em sua forma pura e eficaz. Logo, encurtar o caminho para a felicidade é uma forma de não evoluir, uma vez que o conservador tem receio do comprometimento de sua felicidade, pois deve manter a ordem e as coisas como elas são (evitando uma possível emancipação). Vê-se isso no preconceito em relação a homossexualidade em diversas figuras públicas, como nos discursos de Bolsonaro e Feliciano, os quais tem um ideal positivo//errado/excludente de felicidade, muito conservador para a sociedade contemporânea em que vivemos, uma vez que até a adoção de crianças por casais gays já é permitida.

Mariana de Arco e Flexa Nogueira, 1° ano Direito Noturno 

2 comentários:

  1. Esse artigo peca por fazer afirmações sobre assuntos que não são tratados nas obras de Augusto Comte,quanto a Bolsonaro e Feliciano eles são evangélicos como boa parte da população brasileira também é evangélica e nada do que essa gente diz ou faz tem relação com o positivismo. Quanto a insinuação de que o positivismo seria conservador,isso não passa de uma mentira acadêmica/marxista,que não se confirma com a leitura das obras de Comte,onde a verdade absoluta não existe,e isso se explica com uma frase de Augusto Comte que muitos erroneamente por desinformação ou má fé atribuem a Albert Einstein,é a frase "Eis que tudo é relativo esse é o único principio absoluto" A.Comte,só por esta frase já esta desmentido o suposto conservadorismo atribuído ao positivismo,comprovando que essa acusação de conservador feita ao positivismo não passa de calunia e desinformação socialista/marxista dos nossos meios acadêmicos esquerdistas,que querem destruir o positivismo por este ser uma ideologia oposta a deles.

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  2. Esse artigo peca por fazer afirmações sobre assuntos que não são tratados nas obras de Augusto Comte,quanto a Bolsonaro e Feliciano eles são evangélicos como boa parte da população brasileira também é evangélica e nada do que essa gente diz ou faz tem relação com o positivismo. Quanto a insinuação de que o positivismo seria conservador,isso não passa de uma mentira acadêmica/marxista,que não se confirma com a leitura das obras de Comte,onde a verdade absoluta não existe,e isso se explica com uma frase de Augusto Comte que muitos erroneamente por desinformação ou má fé atribuem a Albert Einstein,é a frase "Eis que tudo é relativo esse é o único principio absoluto" A.Comte,só por esta frase já esta desmentido o suposto conservadorismo atribuído ao positivismo,comprovando que essa acusação de conservador feita ao positivismo não passa de calunia e desinformação socialista/marxista dos nossos meios acadêmicos esquerdistas,que querem destruir o positivismo por este ser uma ideologia oposta a deles.

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