segunda-feira, 20 de abril de 2015

Edificar, com Descartes, o "método" atual

René Descartes, considerado o pai da filosofia moderna, buscou um alicerce para o confuso período no qual situava-se: a influência da cultura e pensamento medieval e os questionamentos da era moderna. Diante disso, o francês construiu um método para que suas verdades fossem afastadas do senso comum e que não fossem apenas contemplativas, mas sim, passíveis de influenciar uma transformação no mundo.
Aplica-se à sua razão nesse novo sentido, reconstruir o conhecimento científico e as filosofias tradicionais, pois a busca por razões que possam universalizar devem fugir dos hábitos e do ensino tradicional. Assim, com pretensão em atingir uma razão prática construída sobre o contínuo uso da dúvida, Descartes elaborou sua famosa obra "Discurso do Método" na qual relata essa sua experiência intelectual que inovou um dos elementos mais importantes que constituem o ser humano, os seus pensamentos.
Atualmente, os relatos do intelectual são visíveis quando reflete-se sobre como e quando o homem está usando suas razões. Há alguns meses atrás, o acontecimento da eleição presidencial no Brasil fervorou os critérios de utilização da observação e da razão, principalmente por meio das redes sociais. Com o resultado da eleição, os opositores ao partido vencedor, não refletiram sobre o método de Descartes respaldados apenas por juízo de valores e veemente impulsionados pelos  resultados das eleições presidenciais, culparam eleitores nordestinos pela continuação do governo atual. Esse pensamento, contradiz o discurso do mencionado filósofo francês, o qual afirma que a razão necessita ultrapassar as convicções pessoais, a fim de aprender a diferenciar o verdadeiro do falso, para ver claramente suas ações e caminhar com segurança na vida.  
          Portanto, é necessário que se faça presente nos dias atuais questionamentos, reflexões e principalmente a busca por uma verdade que fuja ao senso comum, para que desta forma, se possa dar um retorno ao relato de Descartes sobre a essência da razão que transforme o mundo para nós.


Ana Caroline Gomes da Silva, 1º ano Direito noturno

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