domingo, 19 de abril de 2015

Descartes e a verdade

Atualmente, devido ao grande acesso às redes de comunicação em massa, informações e opiniões são apresentadas às pessoas, as quais, muitas vezes, acatam-nas como verdades quase absolutas, senão legítimas por inteiro. Porém, o que se pode tomar como uma verdade indubitável?

Ao se desiludir com o que aprendera nos estudos e na vida, René Descartes, conhecido filósofo francês, buscou construir uma nova ciência que garantisse um conhecimento sólido e incontestável, utilizando da dúvida e razão para conseguir tal feito. Assim, começa sua ardilosa trajetória, procurando se distanciar do senso comum e questionando os alicerces de suas ideias, já que elas sustentariam suas antigas opiniões.

No seu livro “Discurso do Método”, o filósofo oferece um caminho a se trilhar de forma metódica, e ainda faz uma crítica ao pensamento filosófico clássico que até então se perpetuara, isto é, ao pensamento contemplativo sobre as coisas, já que essas ideias eram estéreis e não possuíam fim útil e prático. Devendo, portanto, o conhecimento ser instrumento utilizado para vida.


Desse modo, Descartes se tornara o “pai da ciência moderna”, já que procurava universalizar ideias com tamanho grau de clareza e distinção, capazes de servirem ao homem, dificultando a propagação de opiniões sem fundamentos críticos e colocando barreiras na “ciência do sobrenatural”.

Gabriel G. Zanetti - Direito Noturno

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