segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Renda x melanina

 A grande discussão sobre cotas raciais nas universidades públicas aborda polêmicas com difíceis, se não praticamente impossíveis, respostas conciliadoras. Isto porque a grande dúvida de sua funcionalidade consta no ato de distinguir falta de oportunidade diante de renda econômica e racismo.
Pesquisas reuniram a parcela desfavorecida dos brancos e dos negros, determinando a quantidade que começa a trabalhar antes dos 18, que possuem carteiras assinadas, quantos terminam a escola e etc. Assim, comprovam que tais parcelas são muito próximas entre si. Assim, não seria a cor de pele que impediria as pessoas de alcançarem o nível superior em instituições públicas, mas a péssima qualidade de escolas que os pobres brasileiros, independente da melanina, frequentam. Cotas raciais não fariam sentido, mas sim a pobreza.

Embora apenas medida paliativa, uma vez que um jovem não possa esperar medidas de lento efeito, as cotas devem ser muito bem pensadas como uma solução ou não para o racismo. Se o objetivo dela é integrá-los a sociedade e, junto a isso, combater o preconceito, seria justo também incluir cotas aos homossexuais, transexuais e etc? Há quem de aval positivo ou negativo. O interessante é não deixar que uma medida para ajustar os desfortunados favoreça apenas os menos necessitados desses desfortunados.  

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