segunda-feira, 5 de maio de 2014

Intrínseco ao cotidiano das coisas

     Pautando-se no fato de que, para Émile Durkheim, os fatos sociais são tratados meramente como "coisas" a fim de tentar legitimar sua análise social e desumanizar o sujeito, é possível tratar tais "coisas" a partir de um distanciamento de seu observador para com seu alvo de estudo.
     Desta forma, todo modelo fundamentado nas chamadas pré-noções estabelece obstáculos para a chamada verdade científica. Assim, deve-se analisar fatos sociais sem qualquer tipo de valoração. Seguindo, portanto, por esta linha de raciocínio, é possível concluir que todo comportamento possui um referencial social.
     Logo, a questão da criminalidade e promiscuidade vinculada à falta de escrúpulos no "Centro Pop" vai muito além do plano individual, uma vez que a ação social do indivíduo é condicionada por cada grupo social que ele participa.
     Em uma visão durkheimiana, por conseguinte, estes fatos não passam de uma reprodução de um modelo coletivo no qual as pessoas se levam a praticar tais acontecimentos, movidas, sobretudo, por uma disposição social intrínseca ao cotidiano das coisas.


Caroline Verusca de Paula - 1° Direito Diurno

Nenhum comentário:

Postar um comentário