segunda-feira, 7 de abril de 2014

Reorganização do conhecimento

    Francis Bacon em sua obra “Novum Organum” usa a experiência como interpretação do mundo. Bacon, ainda, critica diversos assuntos, como: a metafísica, a ciência apenas como exercício da mente, os gregos e sua filosofia (a filosofia tradicional para ele não serve como bem estar do homem). Para Bacon “saber é poder”. Ainda propõe de dois métodos: o cultivo das ciências (próprio da filosofia tradicional) e a descoberta cientifica (exploração e experimentação). O método dele, contudo, é tão fácil de ser apresentado como difícil de aplicar. Consiste no estabelecer os graus de certezas, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a nova e certa via da mente, que de resto, provém das próprias percepções sensíveis.
     No que se refere ao "Novum Organum", Bacon preocupou-se inicialmente com a análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos: ídolos da tribo (ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis); ídolos da caverna (resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Há, obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica); ídolos do fórum (estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos); ídolos do teatro (decorrem da irrestrita subordinação à autoridade (por exemplo, a de Aristóteles). Os sistemas filosóficos careciam de demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro).

     Portanto, partindo de seu pressuposto de que a melhor demonstração é de longe, a experiência, desde que se atenha rigorosamente ao experimento, Bacon deixou seu legado até os dias atuais pois a ciência passou a representar um meio em busca de um fim, qual seja, o domínio do homem sobre a natureza. O desejo de Bacon de promover uma reorganização do domínio do conhecimento humano, baseando-se não no antigo conhecimento escolástico, mas no novo conhecimento científico foi partilhado por educadores, filósofos e estadistas de seu tempo. À educação escolar caberia assegurar a disseminação deste novo conhecimento que, devidamente unificado, estaria ao alcance de todas as crianças


Natalia Caetano - 1º ano noturno

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