sexta-feira, 18 de abril de 2014

    Positivismo, progressista ou conservador?


   Augusto Comte vivenciou o século XIX, marcado pela Revolução Industrial, que modificou profundamente a sociedade e a economia, gerou revoltas e influenciou diversos pensamentos. Inserido neste cenário é que elabora a visão positivista, percebendo que o pensamento vigente na época não mais atendia aos interesses da nova sociedade, diga-se, da burguesia. 
      Propôs, então, três estados de evolução para o conhecimento: sendo o primeiro o teológico, pela qual os fenômenos têm explicação divina e sobrenatural, o segundo o metafísico, explicada pela filosofia e forças abstratas e por fim o estado positivo. Este último reconheceria a impossibilidade de se conhecer as causas e concentrar-se-ia apenas em obter as leis invariáveis, que regem os fenômenos, através do conhecimento racional e empírico. Afirmava que o pensamento teológico era necessário, já que não precisava de comprovação, como ponto de partida, e que o pensamento filosófico servia apenas de transição.
    Comte acreditava que a sociedade precisava de uma reforma na educação européia, pois esta era marcada pela teologia, metafísica e literatura, além de apresentar o conhecimento como diversos campos, para ele, tudo eram ramos de um único tronco, suas ideias influenciam até os dias de hoje a educação e foi de suma importância para o seu rompimento com a religião. Dizia ainda, ser a física social a mais “atrasada”, ou seja, pautada ainda na teologia e metafísica, e que seria de grande urgência positivá-la, pois o triunfo da filosofia positiva restauraria a ordem da sociedade e é através da ordem se atinge o progresso.

     Esse pensamento serve de base para muitos conservadores, pois nele cada um tem de cumprir sua função social e quando isto é quebrado perde-se o progresso, Comte não concordava com o conflito social e achava que a elite, ou um pequeno grupo deveria comandar, dizia que a igualdade estava em cada um possuir sua função na sociedade, servindo de argumento para a repressão social.

Bruna Midori Yassuda Yotumoto, 1º diurno

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