segunda-feira, 14 de abril de 2014

O reformiso de Comte

                Augusto Comte, pai do positivismo, apontava, claramente, a necessidade de uma ciência que pudesse interpretar a sociedade como ela realmente é, por meio de sua dinâmica real e não mais se utilizando daquelas que, segundo ele, apenas a criticam de forma passiva sem nela interferir ou modificá-la. Dessa forma, aponta Descartes e Bacon como precursores da filosofia positiva, já que esses, desde há muito, denunciavam a filosofia Clássica, por exemplo, como apenas observadora do problema social sem efetivamente causar as modificações necessárias ao mundo. Tais mudanças, no entanto, afirma Comte, devem seguir uma direção que não desestruture a ordem social vigente e que permitam o bom funcionamento da ‘’Ordem`` e do ‘’Progresso``, pois só assim essa sociedade conseguiria seguir seu curso normal e se desenvolver.
                Evidencia, também, a relevância do positivismo em relação às outras ciências, na medida em que aquela seria supostamente mais avançada que todas as outras e, portanto, mais capacitada para estudar e reestruturar a sociedade, o que favoreceria seu desenvolvimento. Seu protagonismo se daria por uma idéia, talvez pretensiosa, de que conseguiria abranger todo o conhecimento acumulado na história da civilização, e assim, apresentando-se como a mais complexa.
                Essas idéias se fazem presente de forma marcante na nossa história, devido a sua defesa do ensino laico nas escolas e a fragmentação das formas de estudos, ambas figurando no cenário educacional brasileiro até os dias atuais, tornando os pensamentos de Comte mais contemporâneos de que muitos de nós gostaríamos.


Danielle Juvela- 1º ano Direito Noturno

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