quarta-feira, 16 de abril de 2014

O positivismo de Comte

     Augusto Comte, na segunda metade do século XIX, influenciado por pensadores com Francis Bacon e Descartes e também pelo momento histórico (2ª Revolução Industrial) e as grandes transformações pelas quais a sociedade estava passando, elaborou uma nova filosofia, a filosofia positiva. Comte utilizou o mesmo princípio de seus precursores, o de que a ciência deve descrever os fatos, aquilo que é sujeito a comprovação empírica, e acrescentou que além disso esses fatos constantes nos levariam a descoberta das leis que os regem e seríamos, portanto, capazes de prever os próprios fatos.

     Para se chegar a esse estado, ou seja, o estado positivo foi identificado por Comte, de acordo com sua análise filosófica da história outros dois. O primeiro estágio seria o teológico, onde a explicação de tudo se atribui a entidades sobrenaturais. O segundo estágio seria o metafísico no qual o pensamento abstrato é substituído pelos desejos pessoais. O último seria o estado positivo onde já se teria todo o conhecimento das leis dos fenômenos aplicados ao bem da humanidade. Esse conhecimento levaria ao surgimento de uma nova ciência, a “Física Social” a responsável por estudar e reestruturar a sociedade para que essa progrida, desenvolva. Para fazê-lo ainda, ela deveria cobrir todas as outras ciências.

     A ideia de Ordem e Progresso do positivismo vem da ideia de que, como existem as leis imutáveis, deve-se existir também uma organização ESTÁTICA da sociedade (sociologia estática) para poder dar sustentação necessária a algum desenvolvimento, algum PROGRESSO (sociologia dinâmica).


     Nota-se nessa corrente ideológica elaborada por Comte que há uma “idealização”, uma “romantização”, pois ele a considera como sendo o a única forma de pensamento possível, válida e também única moral, pelo fato de a moral religiosa privilegiar o indivíduo enquanto que o positivismo valoriza o bem comum.


Helionora Mª C. Jacinto

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