segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ídolo da Ciência

   Francis Bacon foi um político e filósofo inglês, cujos ideais lhe renderam o prestigioso título de “pai da ciência moderna”. Assim como René Descartes, ele via a necessidade da ciência ser usada em prol da transformação do mundo, bem como da melhoria da qualidade de vida da população e, não, com sentido de contemplação. Bacon interpretava a realidade, indo em contramão ao pensamento da época que antecipava a mesma, utilizando a dedução e a indução para levá-lo às respostas.

   Altamente influenciado pelo Empirismo de John Locke, no que tange a ciência jurídica, Bacon afirmava a predominância das provas e da razão. Exímio crítico do denominado “Labor da Mente”, ou seja, o pensamento prévio, a teoria sem comprovação, defendia que a mente não deveria ser guiada por si mesma. Criticava a filosofia grega (metafísica), afirmando esta não servir para o bem-estar do homem.

   A burguesia da época, embebida nos conhecimentos baconianos, utilizou o seu “novo método” para alterar a própria condição de existência dessa classe social, por meio da valorização da experiência. Já que “Saber é Poder”, para Francis Bacon, o que tornaria possível a interpretação e compreensão da natureza é a exploração da mesma.

   Bacon severamente criticava os “ídolos”, que para ele seriam as falsas percepções do mundo. Esses poderiam ser “da tribo” (influência dos sentidos e das paixões); “da caverna” (formação do indivíduo); “da feira” (influência das associações) e “do teatro” (equívocos e superstições).

   Francis Bacon via na ciência duas qualidades inatas: a inovação e a infinidade. Conforme esta necessita ser útil e prática, também deve ser mutável para adquirir novas formas e propiciar novos avanços. Bacon ao tentar observar o que é invisível aos olhos e compreender o que é invisível aos sentidos, tornou-se um ídolo “da ciência”.

Víctor Macedo Samegima Paizan - Direito Matutino - 1º Ano

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