Ingrid Juliane dos Santos Ferreira - 1 ano direito noturno
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Crítica à neutralidade científica comteana
Auguste Comte criou o positivismo, um sistema que se baseia nos fatos e na experiência, repelindo a metafísica e o sobrenatural. Pregava que tanto na natureza quanto nas ciências humanas deveriam afastar-se qualquer preconceito ou pressuposto ideológico, tendendo a encarar a vida só pelo lado prático e útil. Também, afirmava a ideia de que o conhecimento científico leva ao progresso e as tecnologias por ele criadas responderiam a todas as necessidades humanas, acreditando em uma possível neutralidade científica, a qual considerava a ciência como imparcial, objetiva e neutra, sendo construída a partir da simples observação de fatos e experimentos. Porém, nesse tópico Comte cometeu um equívoco. Ao basear-se no pressuposto de que a objetividade da ciência basta para suspender a subjetividade dos cientistas é um ledo engano, pois, a ciência é uma atividade humana e consequentemente é movida por interesses e paixões, escolhas e objetivos prévios, sendo sempre marcada por um conjunto de valores e princípios do pesquisador ou da comunidade científica. O que pode ser constatado através da observação do uso parcial da tecnologia ao longo da história humana, com a criação de bombas atômicas visando a destruição, por exemplo, aliado à devastação ecológica e sócio-cultural.
Ingrid Juliane dos Santos Ferreira - 1 ano direito noturno
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