sábado, 5 de abril de 2014

Bacon e a aplicabilidade do conhecimento

  Francis Bacon foi um dos mais conhecidos defensores do empirismo. Para ele, a experiência seria peça chave para a verdadeira compreensão de mundo. Assim sendo, ela deveria nortear o pensamento e o uso da razão, fazendo-se determinante para vencer a natureza.
  Daí a crítica baconiana ao pensamento da filosofia clássica: para ele, os filósofos gregos apresentavam teorias utópicas, inatingíveis. De nada valia propor uma solução para a problemática social se aquela não pudesse ser efetivada. Desse modo, tal filosofia não servia para o bem estar do homem, uma vez que não trazia a possibilidade de mudança.
  Surge então a proposta de um novo método para se estudar os fenômenos naturais, advindo da observação aliada ao uso da razão, opondo-se assim ao racionalismo aristotélico. A experiência torna-se o princípio do método, sendo base para que o conhecimento seja construído.
  Na atualidade, em contrapartida, vê-se que nem sempre a experimentação precede a formulação de hipóteses. Prova disso é a Matemática, que, em suas formas mais avançadas, carece de fenômenos práticos, observáveis. A Física Moderna também foge do tal método, uma vez que não há comprovações empíricas, experimentais, de sua válidez. Conclui-se que Bacon não apresentou um método absoluto, isento de falhas, mas um método revolucionário, que possibilitou uma nova ótica para os cientistas que o sucederam.

Victor Bernardo C. Dantas - 1º ano Direito Diurno

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