segunda-feira, 7 de abril de 2014

A necessidade de uma nova visão de mundo

              O filme Ponto de Mutação nos traz, claramente, uma critica à visão de mundo cartesiana, na qual o filósofo apontava o mundo como um grande relógio o qual se poderia desmontar  e, partir de cada uma de suas peças, entender o todo. Não é à toa que no filme a discussão entre as três personagens principais começa a se desenrolar diante de um grande relógio presente em um ambiente medieval francês. Nesse meio de inspiração a discussões, os três apontam suas diferentes visões de mundo e, partir delas, percebemos que essa percepção de o mundo poder ter suas partes desvinculadas umas das outras talvez não faça jus às necessidades de sua análise. Isso se dá porque, o que vemos, na realidade, é uma grande interligação dos fatos em todas as esferas mundiais, ou seja, todo fato possui uma causa e um conseqüência que afetou ou afetará o mundo.
            Tal fato ocorre, provavelmente, porque a humanidade não trabalha no sentido de prevenir seus males, mas sim de saná-los momentaneamente, o que inviabiliza uma cura efetiva de seus problemas, proporcionando apenas remediações temporárias. Essa idéia fica clara no filme quando se exemplifica com a questão da saúde, na qual, se em suas resoluções, recebêssemos incentivos à mudança para hábitos mais saudáveis, a medicina teria muito menos com o se preocupar e, conseqüentemente, parte dos recursos financeiros disponibilizados a ela poderiam ser poupados.
            Podemos evidenciar também a preocupação com o meio ambiente como um todo, quando apontado o caso de desmatamento brasileiro, que, segundo o filme, paga suas dívidas cedendo terras para o uso de gados por meio de queimadas, que, claramente, prejudicam o meio, afetando a sociedade mundial e não unicamente a população do Brasil. Dessa forma, a afirmação de que o homem perdeu o controle de seu poder de intervenção na natureza se faz válida para nossa realidade, já que tais avanços se tornaram desmedidos sem uma preocupação eficiente com as suas conseqüências, tornando a própria humanidade a grande vítima de sua ambição.


Danielle Juvela- 1º ano/Direito Noturno

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