Apesar de Augusto Comte ser considerado o pai da sociologia, foi com Émile Durkheim que, considerando a metodologia utilizada contemporaneamente, seu estudo teve início. O teórico francês define o que é o fato social, como podemos reconhecê-lo e como se apresentam na sociedade em sua obra "As Regras do Método Sociológico".
Durkheim discorre também sobre como forças coercivas na vida em sociedade tem como consequência as diversas condutas dos indivíduos em suas diferentes realidades. Tal fenômeno pode ser interpretado como aculturamento ou a simples supremacia da coletividade sob a individualidade na vida em sociedade, ampliando as possibilidades de entendimento e estudo do comportamento de todas as sociedades como um todo.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
domingo, 14 de abril de 2013
Eles não viam as cordas
Certo dia ouvi que para compreender como a sociedade é de
fato, eu deveria mudar completamente minha maneira de enxergá-la, livrando-me
das noções já formadas em minha mente e de sentimentos que pudessem distorcer
meu entendimento. Com toda sinceridade, achei que nunca conseguiria, mas,
depois de várias tentativas, obtive sucesso. Infelizmente.
Agora eu podia vê-las. E aquilo me apavorou tanto que temi
pela minha própria sanidade. Cada ser humano estava preso a cordas cuja origem
se perdia conforme se entrecruzavam nas ruas da cidade. Porém, era extremamente
perceptível que elas manipulavam cada movimento nosso como se fossemos
marionetes, obedecendo a um titereiro invisível. Até mesmo pessoas e grupos que
se denominam “diferentes” e “fora do sistema” estavam tão presas quanto os
outros.
Percebi também que as cordas que manipulavam as crianças
eram mais finas e em menor quantidade, mas aumentavam conforme a faixa etária e
o contato com outros. Vi, por exemplo, um discreto fio surgir e amarrar-se a um
garotinho que acabara de levar uma bronca dos pais por algum motivo
desconhecido por mim. Foi uma enorme surpresa ao ver que alguns possuíam
até mesmo enormes correntes que, mesmo aparentemente pesadas, não atrapalhavam
de forma alguma seus movimentos. Talvez um dia até mesmo as cordas normais tenham
incomodado, mas sua presença tornou-se um hábito e seu fardo agora é ignorado.
Eu vivenciava uma situação que Durkheim invejaria... Até o
momento em que vi uma ação inesperada: uma pessoa se soltou rudemente das
cordas que a prendiam, como se pela primeira vez tivesse notado sua presença. Porém,
o mais assustador foi como as que prendiam os outros se moveram lentamente,
fazendo com que todos se virassem e dirigissem ofensas e olhares reprovadores
ao único ser livre, até que uma nova corda surgiu e amarrou-o novamente, trazendo
de volta a “normalidade”.
Então, finalmente entendi. Nós criamos aquelas cordas. O
titereiro invisível era a própria sociedade e suas regras, que passaram a
existir independentemente da vontade de cada indivíduo. Não poderíamos fugir
das cordas. Não deveríamos. Após esse
episódio, tentei ignorá-las. Parei de vê-las, ou apenas não queria, mas ainda
sinto que a cada movimento e a cada pensamento, há uma discreta força que me
guia pra determinada direção.
O pós-posivismo de Durkheim
Émile Durkheim foi um importante filósofo e sociólogo
pós-positivista do século XIX, uma vez que foi ele quem buscou definir o objeto
e o método de estudo da Sociologia.
Consoante a Durkheim, o objeto da Sociologia é o fato
social, o qual consiste em uma maneira de pensar ou agir que tem como
características a exterioridade- fato social é colocado pela sociedade-, a
generalidade - fatos são introjetados pelo indivíduo- e a coercitividade- são
capazes de obrigar as pessoas a se comportarem de uma determinada maneira.
Dentro desse contexto, como pretendia fazer da Sociologia
uma ciência racional e objetiva, Durkheim postulou como princípio fundamental
do método sociológico que o fato social deve ser observado como uma coisa,
assim como os objetos de outras ciências, criando um distanciamento entre o
investigador e o que está sendo estudado. É mister o pesquisador se desprender de
suas pré-noções- valores e crenças- para chegar em uma verdade absoluta. As
coisas nos levam às ideias. Além disso, os fatos sociais devem ser
compreendidos em razão da coerção que exercem sobre os indivíduos.
Essa perspectiva durkeimiana de fato social como coisa e de
criar métodos de estudo para a Sociologia remonta a Comte. Entretanto, Durkheim
critica a postura de Comte quando este concebe o progresso como o sentido de
toda a História. Para aquele, cada estrutura social tem uma forma de
funcionamento próprio, logo, devem ser estudadas dentro de suas próprias
perspectivas a fim de não se distanciarem da verdade.
A atualidade da teoria durkheimiana é evidente, visto que
alguns princípios por ela defendidos ainda são utilizados. A exemplo da
problemática está a questão de observar os fatos sociais como coisas. Hoje, é
fundamental que exista um distanciamento entre determinados profissionais-
médicos, advogados- e seus objetos de estudo, os quais geralmente são pessoas,
para que possam ser feitas análises racionais de seus casos. Vale ressaltar que
o fato social explica as diferentes decisões que tomamos durante a vida ao
propor que, muitas vezes, somos condicionados a agir de determinada maneira.
Marina Cavalli - direito diurno
Sociologia e a positividade das ciências
É notável o avanço que a sociologia dá no seu processo de
cientifização graças às obras de Emile Durkheim. O autor encara os problemas
que a disciplina esbarrava e os toma como seus, dedicando seus esforços em
superá-los.
Neste
sentido, destaca-se o grande recurso metodológico criado por Durkheim: ver os
fatos sociais como coisas. Visto isso, é criada a importante e tão necessária distância entre o objeto de estudo e o cientista.
Assim,
ainda durante a descrição do fato social, deve-se ressaltar que o
reconhecimento do fato social dá-se máxime pelo seu caráter coercitivo.
Por
conseguinte, conclue-se que em um momento que as pressões para a positivação
das ciências nunca estiveram tão grande, a sociologia sofria em ganhar
credibilidade no meio. Durkheim tem importância capital, tratando de questões
centrais para o desenvolvimento inicial da disciplina.
Lucas Carboni Palhares - 1o ano diurno
A ampla visão de Durkheim
Émile
Durkheim, embora siga uma linha de pensamento parecida com a de Augusto Comte,
adotando uma metodologia sociológica embasada em preposições ordenadas,
lembrando muito o positivismo, caracteriza as sociedades de acordo com suas
características próprias, de forma independente, sendo mais flexível, portanto,
em relação à teoria Comteana.
Sua principal crítica é direcionada à análise ideológica utilizada até então, que partia do mundo das ideias para as coisas e não de forma inversa. Segundo Durkheim, somente a observação do real leva à formulação de conceitos que possam ser utilizados pela sociedade de forma eficiente. O sociólogo ainda alerta para a influência dos sentimentos nos exames científicos, uma vez que, ao dar preponderância a essas paixões, o intelecto acaba sendo posto em segundo plano.
Outro ponto que merece destaque é a associação que Durkheim faz entre sociologia e as ciências naturais, considerando o fato social, objeto de estudo da ciência mencionada, como uma coisa em si, colocando a objetividade no cerne desse estudo.
Por fim, o organicismo é fator marcante do estudo Durkheimiano. Segundo sua teoria, o indivíduo deveria seguir um padrão social, abrindo mão de seu próprio valor individual em prol da coletividade. Para o sociólogo, a sociedade funcionaria como um corpo humano, uma vez que cada indivíduo desempenharia uma função específica, garantindo o perfeito funcionamento do corpo social. Isso desencadeia uma série de consequências, vistas até hoje no plano social, como a cada vez maior especialização do trabalho.
Rodrigo Nadais Jurela - Direito Noturno
Sua principal crítica é direcionada à análise ideológica utilizada até então, que partia do mundo das ideias para as coisas e não de forma inversa. Segundo Durkheim, somente a observação do real leva à formulação de conceitos que possam ser utilizados pela sociedade de forma eficiente. O sociólogo ainda alerta para a influência dos sentimentos nos exames científicos, uma vez que, ao dar preponderância a essas paixões, o intelecto acaba sendo posto em segundo plano.
Outro ponto que merece destaque é a associação que Durkheim faz entre sociologia e as ciências naturais, considerando o fato social, objeto de estudo da ciência mencionada, como uma coisa em si, colocando a objetividade no cerne desse estudo.
Por fim, o organicismo é fator marcante do estudo Durkheimiano. Segundo sua teoria, o indivíduo deveria seguir um padrão social, abrindo mão de seu próprio valor individual em prol da coletividade. Para o sociólogo, a sociedade funcionaria como um corpo humano, uma vez que cada indivíduo desempenharia uma função específica, garantindo o perfeito funcionamento do corpo social. Isso desencadeia uma série de consequências, vistas até hoje no plano social, como a cada vez maior especialização do trabalho.
Rodrigo Nadais Jurela - Direito Noturno
Comte e Durkheim - os idealizadores da sociologia
Augusto Comte, ao propor o positivismo enquanto filosofia e método científico, previu a criação de uma nova disciplina para estudo dos fenômenos sociais, a chamada física social. A física social de Comte é o princípio da ideia do que se conhece hoje por sociologia. No entanto, essa ideia só foi desenvolvida 53 anos depois, com a publicação de As Regras do Método Sociológico, de Émile Durkheim. Sendo assim, pode-se dizer que Comte é o idealizador da sociologia, enquanto Durkheim é seu primeiro desenvolvedor.
Durkheim aprofunda a noção de Comte sobre a separação do estudo da sociedade das demais ciências. Primeiramente, ele define o conceito de fato social, peça chave para o entendimento da sociologia durkheimiana. O fato social consiste em maneiras de agir e pensar que se apresentam sobre os indivíduos de maneira coercitiva - são de "caráter intrínseco" à própria organização social. O fato social é o objeto de estudo da sociologia.
Encontra-se aí uma dificuldade: como julgar um fato social, sendo que o próprio sociólogo está inserido nele? Para Durkheim, a resposta está em tratar o fato social como objeto, como coisa, distanciando-se dele o mais possível. É um ponto de vista já adotado por Bacon, que fala em "combate aos ídolos da mente".
Durkheim aprofunda a noção de Comte sobre a separação do estudo da sociedade das demais ciências. Primeiramente, ele define o conceito de fato social, peça chave para o entendimento da sociologia durkheimiana. O fato social consiste em maneiras de agir e pensar que se apresentam sobre os indivíduos de maneira coercitiva - são de "caráter intrínseco" à própria organização social. O fato social é o objeto de estudo da sociologia.
Encontra-se aí uma dificuldade: como julgar um fato social, sendo que o próprio sociólogo está inserido nele? Para Durkheim, a resposta está em tratar o fato social como objeto, como coisa, distanciando-se dele o mais possível. É um ponto de vista já adotado por Bacon, que fala em "combate aos ídolos da mente".
Instituições e gerações
A manutenção da ordem em determinada sociedade é
realizada através de instituições que possuem a finalidade de adequar o
comportamento dos indivíduos à vida coletiva. De que modo esta ordem é
transmitida com o passar das gerações?
Seja através de instituições de ensino que visam nos
doutrinar à vida em sociedade ou do Direito que aplica punições àqueles “não
doutrinados”, somos subordinados a uma realidade feita por todos nós, mas que
ao mesmo tempo está fora de nosso controle, isto é, somos vítimas de algo que
nos é exterior.
Deste modo, somos responsáveis pela manutenção de
uma ordem que nos diz como pensar, agir; agimos e sofremos os efeitos de nossos
próprios atos. Inconscientemente, passamos a educar as futuras gerações de modo
que estas não perturbem a ordem, ou seja, esperamos que mantenham a mesma
realidade.
Logo, pode-se dizer que por mais que ocorram algumas
mudanças em nossa ordem, transmitimos nossa realidade e mentalidade, ou seja, possuímos
a tendência de fazer com que o jogo não mude; há uma substituição dos
jogadores, porém, de modo quase absoluto, as regras permanecem as mesmas.
O Primogênito Positivista
Emile Durkheim sociólogo que certamente se inspirou em Comte para a elaboração de suas teorias. Afinal aquele também é positivista, diria que mais racional e mais metodológico. Em sua obra Durkheim torna o objeto de estudo do sociólogo - o fato social - palpável, na tentativa de aproximar a sociologia das outras ciências. Desde a classificação à analise do fato social.
Pela primeira vez um autor conclui que se o humano é o objeto de analise do sociólogo, então o cientista também é seu próprio objeto de analise. Porém Durkheim acreditava que mesmo com essa realidade diferente da sociologia, ela não deixava de ser uma ciência como todas as outras. Durkheim coisifica o fato social, para que ele se trone mais palpável. Também classifica tais fatos em: Fato social Normal e Fato social Patológico. Sendo o fato social normal simples atos humanos, como o casamento, comprar, o crime. O fato social patológico é um fato social normal que desorganizou o ordenamento social.
Durkheim acredita na mudança do modo de formulação de ideias, pois das ideias derivam as coisas, para os cientistas. Porém Durkheim acredita no inverso, que das coisas se deveriam formular as ideias, observar para depois conceituar. Afinal a sociologia é uma ciência das realidades. Apesar de positivista Durkheim discorda em alguns pontos de Comte. Para Durkheim, Comte é muito metafisico quando conclui que o progresso como sentido da história, valorizando muito sua ideia sobre a história, se distanciando da verdade sociológica cientifica.
Em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, Durkheim define o fato social, que segundo ele seriam os fatos ocorridos na sociedade relevantes e distintos dos demais fatos estudados por outras ciências. Para ele, o fato social não é identificado pela mera observância das ações humanas – o que transformaria todos os fatos em sociais -, mas a pela distinção de caracteres nítidos nestes fenômenos, tais como a existência dos mesmos fora das consciências individuais e a coercitividade exercida pelos citados fenômenos sobre os indivíduos submetidos a eles.
Analogamente, é possível afirmar que o direito de ir e vir é uma noção individual e ideológica, mas torna-se um fato social quando passa a ser regida objetivamente pelo Estado através, por exemplo, de leis de trânsito que limitam a velocidade dos veículos, pagamento de pedágios etc. Da mesma forma, muitas vezes há costumes que, ainda que não possuam sanção legal, são vistos como coercitivos. Um exemplo do que se diz, ainda no âmbito da conduta no trânsito, é a prática de se diminuir a velocidade ao ver uma pessoa atravessando a rua mesmo fora da faixa, pois embora a pessoa não esteja cumprindo seu dever em utilizar a faixa de pedestres, é entendido que os motoristas devem dar preferência aos pedestres de maneira geral. Neste caso, o motorista que discordar em oferecer tal gentileza, ainda que esta discordância seja justificada, será considerado descortês.
Assim, conclui-se que os fatos sociais, embora possam ter raízes em valores ideais e abstratos, estão ligados objetivamente a todos os aspectos da vida coletiva, e a imperatividade deles aplica-se a todos que tentam resistir às condutas consideradas aceitáveis, através de diferentes níveis de coerção.
.
Emile Durkheim, em sua
obra, procura de diversas maneiras explicar o que realmente são os fatos
sociais, visto que o termo gera confusão. Assim, ele os apresenta como fatos
que possuem características muito especiais, consistindo nas “maneiras de agir,
pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em
virtude do qual se lhe impõem”.
Para
ele, os fatos sociais não possuem como substrato o indivíduo, mas sim a
sociedade, e só existem onde há uma organização definida. Sendo, portanto, o
domínio próprio da sociologia. Então, como método sociológico Durkheim propõe a
análise dos fatos sociais como coisa, pois o distanciamento favorece a
observação científica. Bem como compreendê-los devido à coerção que exercem nos
indivíduos.
Além
disso, o filósofo inova ao fazer crítica à análise ideológica da sociedade. Na qual
cria-se ideias e conceitos para depois analisar o meio social e não o
contrário, como ele propõe.
Em
consonância com Bacon, primeiramente ele coloca que conceitos pré-formados na
mente do cientista formam um obstáculo na busca da verdade científica. E, com
Comte, ele concorda na ideia de fato social como “coisa”, mas discorda em se
tratar da concepção comtiana de progresso como o sentido de toda a história.
Título Obrigatório!
Émile Durkheim, teórico do século XIX e fundador da escola francesa, é
considerado e definido por muitos como o “Pai da Sociologia”. Tal fato se
jusfica em seu pioneirismo ao estabelecer métodos concisos e definir um
conceito claro e concreto do que seria o objeto de estudo da Sociologia,
definido por Durkheim como: O fato social. Consolidando a Sociologia assim, como
disciplina científica.
Durkheim nega antigos vícios de
pensamento, não definindo o objeto de estudo de modo generalista, como quaisquer
fenômenos que apresentem algum interesse social. Mas restringindo-o como fatos
dotados de 3 características: A generalidade, a exterioridade e a coercitividade.
Segundo o sociólogo, os fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir que
apresentam certas propriedades marcantes independentes das consciências
individuais, direcionadas para toda
a coletividade e fortes de tal maneira que obrigam os indivíduos a
cumprir certas convenções morais.
Com isso, Durkheim diz: “[...] está bem longe
de existir no todo devido ao fato de existir nas partes, mas ao contrário
existe nas parte todas porque existe no todo...”. Assim, os fatos sociais são exteriores. E apesar
de criados através da individualidade, não depende dela para sua continuidade. E
também afirma: “Vítimas de uma ilusão, acreditamos ser produto de nossa
própria elaboração aquilo que nos é imposto do exterior. Contudo, a indulgência
com que nos deixamos levar, se mascara a pressão sofrida, não a anula. Do mesmo
modo, nao deixa o ar de ser pesado, embora nao sintamos mais o peso.” Deste
modo, Durkheim exemplifica a influência da moral social e o fato de que todos são
passíveis a eles e por eles são majoritariamente definidos.
E através dessa especificação do objeto,
Durkheim efetiva com sucesso a formação da ciência, pois essa desvia do rumo
metafísico das ideologias para ser substituída pela análise empirica e metodológica,
caracteristica à ciência. Assim, independente de quaisquer críticas baseadas na
inevitabilidade da parcialidade de sua obra, a importância e necessidade do
pensamento Durkeimiano cresce exponencialmente na atualidade. Onde baseada na
crença individualista de autonomia, são ignoradas importantes e fortes influências
do ambiente responsáveis pela formação do ser humano. Sendo assim, importante
destacar que a relevância de suas obras não se limitam a veracidade absoluta ou
não de seus conceitos. Mas sim, são valorizados pelos métodos e preceitos
efetivos criados por ele, que enriqueceram e ainda enriquecem a análise
completa de fatores que formam não só o indivíduo, mas toda uma sociedade.
João Victor Cruz - 1 ano Direito Diurno/Noturno
João Victor Cruz - 1 ano Direito Diurno/Noturno
Concepção e estudo dos fatos sociais
Émile Durkheim, que apresentava forte influência do positivismo, embora criticasse August Comte em alguns aspectos, acreditava que, antes de se inquirir a respeito do método conveniente ao estudo dos fatos sociais, seria mister que se definisse quais fatos podem ser classificados de tal maneira. Além disso, para ele, o sociólogo deve analisar o fenômeno social como a um objeto qualquer e de forma a isolar suas concepções prévias, pois, remontando a o que Bacon já enfatizava, as pré-noções obstaculizam a busca pela verdade científica.
Os fatos a que se pode atribuir a denominação de sociais apresentam características bem específicas. Eles são maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, as quais se lhe impõem coercivamente. Esse poder, contudo, não se exerce somente onde há uma organização definida, ou seja, onde existem crenças e práticas constituídas (leis, moral, etc.), mas também onde não há normas cristalizadas; isso é o que se chama de correntes sociais.
Segundo Durkheim, a sociologia é uma ferramenta científica de compreensão dos fatos sociais. Disso deriva o fato de que o conceito deve vir da sociedade, não partir para ela. Há, pois, uma forte crítica à análise ideológica que se fazia na época. Nessa medida, o autor se relaciona diretamente com o que Comte preconizava. Todavia, para o primeiro, o outro apelava de forma contraditória, por definir o progresso como o sentido de toda a história, para uma noção metafísica.
Isso posto, fica explícito que Durkheim concebia que cada sociedade tem um funcionamento único, e que, portanto, devem ser estudadas sem a interferência de conceitos prévios ou universais. O progresso, assim, não é um fim comum a todas: elas podem, ou não, caminhar em sua direção.
Os fatos a que se pode atribuir a denominação de sociais apresentam características bem específicas. Eles são maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, as quais se lhe impõem coercivamente. Esse poder, contudo, não se exerce somente onde há uma organização definida, ou seja, onde existem crenças e práticas constituídas (leis, moral, etc.), mas também onde não há normas cristalizadas; isso é o que se chama de correntes sociais.
Segundo Durkheim, a sociologia é uma ferramenta científica de compreensão dos fatos sociais. Disso deriva o fato de que o conceito deve vir da sociedade, não partir para ela. Há, pois, uma forte crítica à análise ideológica que se fazia na época. Nessa medida, o autor se relaciona diretamente com o que Comte preconizava. Todavia, para o primeiro, o outro apelava de forma contraditória, por definir o progresso como o sentido de toda a história, para uma noção metafísica.
Isso posto, fica explícito que Durkheim concebia que cada sociedade tem um funcionamento único, e que, portanto, devem ser estudadas sem a interferência de conceitos prévios ou universais. O progresso, assim, não é um fim comum a todas: elas podem, ou não, caminhar em sua direção.
O pós-positivismo de Émile Durkheim
Émile Durkheim criou uma nova ciência conhecida como Pós-Positivismo cujo objeto de estudo é o próprio estudante, ou seja, o homem. O sociólogo propõe uma análise dos fatos e comportamentos sociais considerando-os como "coisas" em seus estudos, os quais eram realizados por meio da oservação do real e não baseado nas ideias, pois ele acreditava que a ideologia era o falseamento da realidade.
Ao considerar seus objetos de estudos como "coisas", Durkheim faz uma crítica a análise ideológica que vai das ideias às coisas e não das coisas as ideias, pois acredita que primeiro é necessário observar e compreender os fatos para posteriormente propor um conceito, ao invés de primeiro criar uma ideia e depois tentar encaixar os acontecimentos nela.
O sociólogo positivista Émile Durkheim propõe o estudo das coisas como elas realmente são, diferentemente de Augusto Comte que, apesar de também ser um positivista, estuda as coisas como elas deveriam ser. De acordo com o mesmo, Comte distancia-se da verdade sociológica ao debruçar-se sobre os fatos valorizando sua ideia sobre a história e não a própria história em si.
Por meio do estudos concreto do comportamento social como "coisa" e do distanciamento da análise ideológica, Durkheim busca alcançar a superação da metafísica e compreender os fenômenos sociais como eles realmente são.
Bianca Bastos - direito noturno
Ao considerar seus objetos de estudos como "coisas", Durkheim faz uma crítica a análise ideológica que vai das ideias às coisas e não das coisas as ideias, pois acredita que primeiro é necessário observar e compreender os fatos para posteriormente propor um conceito, ao invés de primeiro criar uma ideia e depois tentar encaixar os acontecimentos nela.
O sociólogo positivista Émile Durkheim propõe o estudo das coisas como elas realmente são, diferentemente de Augusto Comte que, apesar de também ser um positivista, estuda as coisas como elas deveriam ser. De acordo com o mesmo, Comte distancia-se da verdade sociológica ao debruçar-se sobre os fatos valorizando sua ideia sobre a história e não a própria história em si.
Por meio do estudos concreto do comportamento social como "coisa" e do distanciamento da análise ideológica, Durkheim busca alcançar a superação da metafísica e compreender os fenômenos sociais como eles realmente são.
Bianca Bastos - direito noturno
Sociologia vs Ideologia
Émile Durkheim foi sociólogo e defensor de uma sociedade voltada para a experiência dos atos.Claramente influenciado por Augusto Comte, também idealizava uma sociologia que transforma o mundo,e não se contenta apenas em analisar a sociedade em si.Durkheim se caracterizou pelos "fatos sociais" que,para ele, era "toda maneira de agir,fixa ou não,suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior".Também defendia que todo agir social é determinado pela sociedade e não pelo indivíduo,ou seja, a prevalência da sociedade sobre um indivíduo é fator chave na sua concepção de sociologia.
Durkheim faz crítica à análise ideológica,pois essa é concebida no campo das ideias,das paixões,e isso faz com que ela parta de uma ideia pré-concebida e colocada na prática,nas coisas em si.A partir dessa crítica, defini, como combatedor da ideologia, a sociologia, que toma caminho contrário à primeira, ou seja, vai das coisas para as ideias.A sociologia observa a sociedade e, a partir disso, cria o conceito.A sociologia não parte das ideias e sim das observações.Assim como Bacon dizia quando falava em combate aos "ídolos da mente", Durkheim fala que as pré-noções obstaculizam a busca pela verdade científica,defendia a análise dos fatos sociais sem uma ideia concebida antes.
Assim Émile Durkheim foi um sociólogo de extrema importância, mas acima de tudo foi um formulador de um pensamento social muito valorizado até hoje.Fatos sociais e a exclusão das pré-noções são alguns pontos deste grande sociológico.
A educação na teoria de Durkheim
As obras “A Divisão do Trabalho Social”, “O Suicídio”, “As Formas Elementares
da Vida Religiosa”, “Educação e Sociologia”, “Educação Moral”, entre tantas
outras, foram fundamentais para a construção de uma lógica conceitual voltada
ao consenso social de Durkheim.
A educação é parte importante da obra do
autor, em que há reflexões voltadas a construção de uma moral coletiva, que
seria essencial para a existência da solidariedade orgânica da sociedade. Ele
diz que a influencia que os membros de outras gerações exercem e as que um adulto
exerce sobre uma criança são diferentes e isto é denominado educação.
Para ele, os homens todos não podem abdicar
de uma mesma maneira de vida, assim há aqueles homens de sensibilidade e
aqueles de ação. A educação, por sua
vez, assegura a diversidade, permite especializações. As crianças são preparadas
para isso quando um adulto exerce sobre ela uma ação com finalidade de
desenvolver talentos intelectuais e morais clamados pela sociedade.
Sua teoria, além de caracterizar a educação
como um bem social, relaciona as normas sociais e a cultura local diminuindo o
valor que as individualidades têm no desenvolvimento coletivo. "Todo o
passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem
os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são
próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam
sobrevivido se tivessem dado ao pensamento racional o lugar que lhe é dado
atualmente", exemplificou o pensador.
Texto baseado na teoria de Emile Durkheim
Graziela da Silva Rosa - Direito Noturno
Durkheim, em seus estudos sociológicos, analisa os
fatos sociais. Caracterizando-os e descrevendo-os, o pensador nos mostra o que
eles representam na sociedade.
Segundo Durkheim, os fatos sociais são externos ao
homem, embora sejam frutos das ações deste determinadas naturalmente pela
sociedade. Assim, veem-se os fatos sociais como coisas, as quais como objeto de
estudo se encontram distantes do observador.
A partir dessas considerações, sociedades umas após
as outras, através do tempo, dão-se suscitando acontecimentos intrinsecamente
ligados a acontecimentos anteriores. O fato social exposto, de forma invisível,
pois, influencia diversas gerações ainda que de forma quase imutável. Isso
porque, o tempo sujeita a variações os hábitos humanos e estes são, à visão de
Durkheim, quando um fenômeno ou fato social, adquiridos involuntariamente
sobretudo.
O fato social tem o poder de agir coercitivamente
quando à luz da oposição. Os hábitos presentes numa sociedade inerentes a
condição de existência humana jamais são desfeitos por uma vontade única e
individual, sua manutenção está espontaneamente assegurada por um sentimento
coletivo.
Durkheim mostra-se um pensador de ideias atemporais,
sua análise sociológica permite depreender considerações a respeito do ontem e
do hoje. No mundo contemporâneo, digamos, estamos sujeitos a imposições sem termos
consentimento ou noção disso. Por exemplo, o tanto que somos movidos por um
ideológico ocidental, de raiz norte-americana, formando opiniões e vivendo
talvez genericamente, sem propriedades originais.
João Paulo G. B. de Oliveira - Direito Noturno.
Uniformização dos costumes
Émile Durkheim, socíologo que inseriu sua obra "As regras do método" como peça fundamental para às ciências socias contemporâneas, definiu uma metodologia acerca da sociedade. Em seu método algumas sentenças eram essenciais e entre elas estavam analisar os "fatos socias" como coisas, compreendê-los em função da imposição que exercem sobre o homem e garantir a imparcialidade e a neutralidade ao objeto estudado.
Para Durkheim o "fato social" era visto como qualquer forma de agir, pensar e sentir exteriormente ao homem sendo esse coercitivo e objetivo; assim o socíologo aprensenta como exemplo a Igreja e o Estado. Por conseguinte esse deveria ser estudado sem envolvimento emocional e político, portando deveriam ser entendidos com objetividade, racionalidade e rigidez. Uma vez que a influência do sentimento humano pode torna-se um empecilho para obtenção da verdade científica. Como isso, Durkheim transformava a " Física Social " em um conhecimento prático e empírico.
Além do mais, os fenômenos socias eram observados em prol da coletividade humana, visto que seus estudos desconsiderava o indíviduo isoladamente. Essa teoria contextualiza na contemporaneidade pois trata da própria globalização, ou seja, o ser humano desde do nascer até o morrer é compelido a cumprir normas das quais não as aceitando passa a ser sancionado tanto legalmente quanto espontanêamente.
E em pleno século XXI a liberdade de autonomia do homem é limitada, já que a mundialização tornou-se formadora de posturas socias que uniformalizou os costumes.
Júlia Xavier Rosa da Silva- Direito Diurno.
Para Durkheim o "fato social" era visto como qualquer forma de agir, pensar e sentir exteriormente ao homem sendo esse coercitivo e objetivo; assim o socíologo aprensenta como exemplo a Igreja e o Estado. Por conseguinte esse deveria ser estudado sem envolvimento emocional e político, portando deveriam ser entendidos com objetividade, racionalidade e rigidez. Uma vez que a influência do sentimento humano pode torna-se um empecilho para obtenção da verdade científica. Como isso, Durkheim transformava a " Física Social " em um conhecimento prático e empírico.
Além do mais, os fenômenos socias eram observados em prol da coletividade humana, visto que seus estudos desconsiderava o indíviduo isoladamente. Essa teoria contextualiza na contemporaneidade pois trata da própria globalização, ou seja, o ser humano desde do nascer até o morrer é compelido a cumprir normas das quais não as aceitando passa a ser sancionado tanto legalmente quanto espontanêamente.
E em pleno século XXI a liberdade de autonomia do homem é limitada, já que a mundialização tornou-se formadora de posturas socias que uniformalizou os costumes.
Júlia Xavier Rosa da Silva- Direito Diurno.
Fato Social e a fragilidade habitual
Em
“As Regras do Método” de Émile Durkheim, o autor define o tal “fato social”
como: toda maneira de agir fixa ou
não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior. Isto
é, há uma força por parte de convenções sociais que obrigam o indivíduo a adotar
uma certa atitude como hábito.
O fato social manuseia os indivíduos a praticarem o bem
comum e a sua sutileza de o fazer é quase que imperceptível, uma vez que,
dificilmente, nadamos contra esta maré. Essa não-aversão é prova de que tais
obrigações sociais fazem parte de nossa consciência, seja no nosso modo de
pensar, agir, viver etc.
A premissa de Durkheim é a análise destes fatos sociais com
o mínimo envolvimento possível e máximo desprendimento. Essa tal análise nos
leva a um entendimento de como regras são impostas na sociedade e nos obrigam a
certas convenções. É como o que consumimos. Boa parte daquilo que consumismos
faz parte de estratégias de marketing utilizadas a décadas para moldar nossos
desejos. Se entendemos como norteiam nossas ideias, possamos assim, ficar menos
frágeis.
Arthur Gouveia Marchesi, 1º ano direito, diurno
Arthur Gouveia Marchesi, 1º ano direito, diurno
Soneto à la Durkheim
Analise friamente
Prenda-se aos fatos
Mantenha o chão em seus sapatos
Mesmo que o povo seja ardente
Abandone a metafísica
Não abrace o subjetivo
Prenda-se ao que é físico
Renda-se ao objetivo
Não seja passional
Vença a pré-noção
Faça da mente racional
Sofra a coerção
De ver as coisas
Como são.
Prenda-se aos fatos
Mantenha o chão em seus sapatos
Mesmo que o povo seja ardente
Abandone a metafísica
Não abrace o subjetivo
Prenda-se ao que é físico
Renda-se ao objetivo
Não seja passional
Vença a pré-noção
Faça da mente racional
Sofra a coerção
De ver as coisas
Como são.
Lucas Oliveira Faria
Abordagens sobre a verdadeira origem de nossa essência
O teórico francês, Émile
Durkheim, no capítulo apresentado de “As Regras do Método Sociológico”, nos
define, basicamente, o que é o fato social, como podemos reconhecê-lo e quais
suas formas de representação da sociedade.
De maneira
muito clara nos é exposto que o fato social é inato de uma comunidade e é
possuidor de uma força coercitiva a fim de estabelecer o que podemos chamar de “padronização”
das maneiras de agir, pensar, falar, viver, etc. dos homens que a compõe.
Durkheim
nos abre uma porta muito analiticamente crítica a respeito de diversas condutas
na nossa realidade com seu estudo sobre o fato social.
Entendendo
o conceito do assunto abordado - essa pressão da sociedade sobre o seu ser
formador, o homem – acabamos por descobrir que todas nossas ações, ou pelo
menos sua maioria, pensamentos e até mesmo, muitas vezes, nossas vontades e
desejos não são originados de nós próprios e sim dessa pressão dita
anteriormente.
Ademais, ao
dizer “indivíduos, em geral perfeitamente inofensivos, podem se deixar arrastar
a atos de atrocidade quando reunidos em multidão.”, o pensador francês nos
esclarece um dos muitos motivos pelos quais a nossa vida é rodeada de excessiva
violência e tomada pela enorme onda do medo, seria culpa, novamente, da pressão
imposta pela sociedade.
Podemos ir
além e interpretar essa existência da força coercitiva como responsável por uma
falta de individualidade, no sentindo de características gerais espirituais do
homem, em nossa realidade. Sabendo que, para quebrar com essa linha de
padronização, seria obrigatória a posterior punição, cede-se para a mesmice não
repreensiva.
Assim, pois,
através de uma simples, porém nítida explicação a respeito o que é esse fato
social, Durkheim estabelece uma enorme rede de compreensão sobre nós próprios e
os outros, nos permitindo uma interessante análise a respeito da sociedade como
um organismo completo.
Faca de dois gumes
Ao ser necessária uma ciencia que estudasse a soceidade, a sociologia, Comte, pai do positivismo faria tal análise social de forma a não observar e os acontecimentos históricos e sociais de forma lógica. Não faria tal análise considerando os fatos em si e sim traria, em uma concepção valorativa e dotada de pré-conceitos, uma análise na qual a História, em seu contexto geral, já seria um instrumento antes mesmo da observação. Metodo de estudo esse que, por não analisar o objeto em si, traria concepções erroneas e preconceituosas, como ao considerar certas sociedades mais ''avançadas'' que outras.
Durkheim vem, então, dizer que deve-se estudar a sociedade através dos Fatos Sociais, de forma a analisar-se a sociedade de forma lógica, estabelecendo os Fatos como coisas.Só assim atingiríamos a verdade social plena pois estaríamos dissecando as sociedades e seus valores de forma racional, como se esquecessemos a História. Assim, a análise não seria passível de ideologias, teria uma exatidão, realmente um objeto.
Dimensão de estudo que se torna passível de uma comparação com perspectivas Baconianas e Descartianas. Podemos destacar um igualdade de pensamento ao se definir a razão como forma suprema de análise. De modo mecanicista, esses pensadores buscam um retaliação de valores e ideologias. Buscam um modelo reducionista ao analisarem ''coisas''.
Por outro lado diferem de maneira extrema. Enquanto Bacon e Descartes procuram mais e mais cortes no conhecimento, ou seja, uma redução extremista, Durkheim acredita que, para a compreensão plena social, deve-se analisar a sociedade como um todo, suas instituições, suas coerções e suas respectivas sansões, tornando, dessa forma, o pensamento Durkheiniano uma faca de dois gumes perante o pensamento sistemico e o reducionista.
A padronização da sociedade
No nosso cotidiano, nos deparamos e fazemos coisas
que vão além dos nossos sentimentos, exteriores a nós mesmos, advindos de uma
realidade já desenvolvida a nossa volta, como vestir conforme a moda. Impuseram
a nós que deveríamos segui-la e se saímos desse padrão, somos alvos de
repressão por parte da sociedade.
Émile Durkheim dá nome a isso chamando-o de fatos
sociais, que existem ”fora das consciências individuais” e que vem com a
educação que recebemos. Eles são coercitivos, ou seja, obrigam o ser humano a
respeitar uma determinada conduta sendo alvos de punição se forem contra.
Vamos a um exemplo citado pelo próprio filósofo: uma
criança é forçada a comer determinados alimentos, a ter o hábito de dormir em
um determinado tempo, a ser de determinada forma, etc.. Irá chegar uma hora em
que essa padronização irá se tornar algo comum, corriqueiro, insubstituível na
vida desse indivíduo, formando, então, um novo “ser social”.
O fato social de Durkheim, portanto, é “toda maneira
de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção
exterior”, ou seja, é o que chamamos de hábitos e costumes. Eles nos modelam e
nos força a ser de determinada forma e a agir de determinado jeito.
Aula 5 sobre Émile Durkheim, Paola Yumi Shibakura
(direito diurno).
Descartes: quem sou?
Só sei que nada sei
Mas sei que algo sei
Eu penso
Eu existo
Eu penso, pois existo?
Ou existo, porque penso?
Muitos existem, embora não pensem
Muitos pensam e existem
Essa evidência é vista,
Dissecada na análise,
Para formar uma síntese,
E enumerar numa essência
Essa essência veio da dúvida
Essa essência é outra dúvida
Desconfio de mim mesmo:
minha alma quer a verdade,
meu corpo, as sensações.
Marcela Helena Petroni Pinca - direito diurno
Mas sei que algo sei
Eu penso
Eu existo
Eu penso, pois existo?
Ou existo, porque penso?
Muitos existem, embora não pensem
Muitos pensam e existem
Essa evidência é vista,
Dissecada na análise,
Para formar uma síntese,
E enumerar numa essência
Essa essência veio da dúvida
Essa essência é outra dúvida
Desconfio de mim mesmo:
minha alma quer a verdade,
meu corpo, as sensações.
Marcela Helena Petroni Pinca - direito diurno
Método
Sociológico de Durkheim
Émile
Durkheim é considerado um dos pais da sociologia moderna, que combinava a pesquisa empírica com
a teoria sociológica.
Afirmava
que a consciência coletiva
seria formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que
habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e
nos comportar. Em seu livro "As regras do método sociológico" define
uma metodologia de estudo, que embora sendo em boa parte extraída das
ciências naturais e biológicas, consiste em: 1º)Observar e analisar os fatos sociais
como coisas, 2º) Reconhecê-los e compreendê-los em razão da coerção sobre os
indivíduos. Era necessário revelar as leis que
regem o comportamento social, ou seja, o que comanda os fatos sociais.
Como mostrado na metodologia os fatos sociais deveriam ser vistos como coisas,
em que seriam toda maneira de agir fixa ou não exercendo sobre o individuo uma
coerção exterior.
Durkheim critica a análise ideológica
em que é feita das ideias para as coisas, acreditando na análise das coisas
primeiramente e depois para as ideias. Julga necessária a visualização da realidade,
propõe a superação da metafísica, observar a sociedade e depois formular as
ideias. O autor alega que as pré noções obstaculizam a busca pela verdade
cientifica, deve-se entender o fenômeno pelo que ele é e não pelo que deva ser
(“a realidade é o que ela é”).
Em seu livro “Da divisão do
trabalho social”, Durkheim classificou a sociedade em dois tipos de solidariedade: a
mecânica e a orgânica, que associou a dois tipos de lei, por ele denominados
de direito repressivo e direito restitutivo. Essa divisão
está fundeada nos dois tipos de consciência nos seres sociais, a consciência
coletiva e a individual. Para Durkheim, o desenvolvimento de uma é exclusivo em
relação a outra, em que a predominância da consciência coletiva em relação à
individual mostra processo de evolução das sociedades. O processo de divisão do trabalho forma indivíduos que são cada vez
mais capazes de perceber o quanto dependem dos outros. Por isso a consciência
individual, para Durkheim, não é sinônimo de individualismo, mas de uma autoconsciência
formada socialmente, condicionando o individuo ao agir.
Individuo à coletividade ou coletividade para individuo?
Individuo à coletividade ou
coletividade para individuo?
A
sociologia procura se consumar a partir de fato entendido quando nasce a figura
de Émile Durkheim. Não devemos, contudo, nos afastar da concepção de que grande
parte do que foi nos transmitido cabe ao sociólogo August Comte. Mas, foi
Durkheim que ergueu como base fundamental o que seria visto posteriormente e,até
os dias de hoje, o que de fato é essa matéria.
Coube-lhe
a necessidade de caracterização da sociologia e mormente,designar a todos que
era de eminente significância o uso de um método. Portanto, ressaltemos esse
fator intrínseco à sua obra. A questão do método. O sociólogo, felizmente, fez-se
atenção ao sistema que deveria nos dirigir ao estudo das relações sociais. Do fato,
causou-nos íntima evolução dos conhecimentos sociais e da maneira como deveríamos
estudá-lo. Prova disso é utilizarmos para fatos distintos – entendendo-se fatos
como questões em geral, como qualquer objeto do qual o fazemos para estudar sua
essência ou efetuação no mundo social - métodos distintos de compreensão, os
quais nos possibilitam adquirir competências prévias para que consigamos
entender profundamente o conteúdo a que nos dispusemos estudar.
Todavia,
há de certa maneira pecados cometidos pelo autor. Quanto à caracterização dos
fatos, isso de concreto é relevante, visto que, ao partir do pressuposto de que
as eventualidades sociais devem ser analisadas como coisas e dessas deve-se
utilizar-se métodos condizentes, de modo indiscutível a questão é correta.Entretanto,
ao explicitar o que compete ao fatos sociais, as peculiaridades destes e
mormente a sua repercussão, torna-se evidente que somos assaz influenciados por
eles e que de fato não o sentimos muitas vezes, por serem inseridos durante
nosso desenvolvimento de forma que não podemos, na maioria das vezes,rejeitá-los,pois
fazem parte de uma cultura, de uma vivencia que tem-se corroborado pelos nossos
ancestrais.Assim, torna-se ainda mais difícil analisá-los à luz de nossas
ferramentas, pois elas, querendo ou não, estão impregnadas dessas características.
Pois ,se tentamos combatê-los, na grande parte das vezes não conseguimos, isso
porque foi-nos arraigados e dificilmente conseguiremos arrancá-los de nossas
estruturas de formação para livrar-nos de certos preconceitos por eles criados.
Mas é
quanto à sua formação que de certa forma preocupa. Ao constituí-los,Émile
Durkheim elabora sua teoria confirmando que todos esses fatos são criados pela
coletividade. Eles, portanto, não seriam fruto de influências individuais, tal
como ele explica, mas sim de um todo que acaba imiscuindo-se em partes e não das
partes reiteradas que acabam por fim a formar um todo. Logo, acho
contraditório. Pensemos nos caso em que haja ,em um determinado grupo, um
individuo de eminente influência. É notório que muitos daqueles que o seguem ,se
o fazem é porque o admiram, logo muitos dos atos perpetrados por esse certo
individuo será , talvez, repetido pelos outros, visto que, eles concordam com
esse sujeito à medida que o vêem como uma pessoa correta. Assim, se essa mesma
pessoa comete um ato criminal e o justifica como tendo sido necessário para
punir um certo sujeito do grupo, pois esse desviou dos costumes por eles
utilizados ou de certa forma cometeu alguma atrocidade e por isso não deveria
mais conviver com o grupo, de modo que isso confirma-se que esse ato não traria
repetições, quando o mesmo fato ocorrer, muitos daqueles dos quais eu afirmei
serem seguidores se colocarão como sujeitos de deveres para com o grupo, de
maneira que, quando vier a se repetir ou algo análogo, eles ,por si só, farão
com a intenção de corrigir o erro, pois se
o individuo que eles admiram colocou isso como certo, logo isso é certo.
Assim se da os costumes. Eles não fogem a regra, visto que, se um modelo atual
passa a usar roupas extravagantes ou de certo tipo de cor, de forma que a camisa
venha a combinar somente com a calça e assim se da, muitos daqueles que o
coloca num pedestal passarão a utilizar-se das mesmas coisas e , por isso ,
talvez acabe por virar um ato reiterado.Foi o que exemplifiquei do ato de
homicídio. Pois, segundo o sociólogo, esse ato constitui uma fato social,visto
que ele pode ser analisado à luz de sua teorias que, a tomar as ações numéricas
e dividi-las pelo numero de indivíduos, chegar-se-á a uma freqüência daquilo e
assim, por certo, poderá se constatar um fato exterior. Logo, um fato social não
é completamente levado pela coletividade, mas pode ser, ou talvez sempre o é, construído
por alguém que represente influencia no mundo social e que desta característica
acabe transmitindo-o pelos arredores, de maneira que, sem notarmos isso
aconteça frequentemente e não seja peculiar à sociedade, mas sim um fato que é conseqüência
de uma relação conjunta.
O aculturamento em massa!
A adoção de comportamentos individuais é indiretamente ligada às normas culturais que norteiam as sociedades. Entretanto, o privado, vinculado aos meios de sociabilidade, se torna refém dos valores assimilados desse ideário coletivo.
Theodor Adorno, em seus estudos sobre a política de massas, destacou a eficiência da vontade cultural embutida na sociedade como meio de estimular determinados preceitos. O que ele chamou de manobra de massas, pode-se assemelhar com a imposição de um método, ou costume de Durkheim, que descreve o poder de coerção do individuo através da não aceitação de seus padrões em relação aos da maioria. Assim, consegue-se manter uma pessoa inserida nos moldes pré-estabelecidos e evitar que ela se destoe do meio social em que vive.
Não obstante, outros mecanismos de coerção, também são vistos em nossa sociedade. O presídio, a escola e o manicômio, segundo Michel Foulcalt são instituições que visam apenas a doutrinar e restringir os seres que não partilham das mesmas condutas dos demais. Logo, a inserção dos seres em coabitação, a respeito do livre arbítrio, se atém à apenas a respaldar a coercibilidade e não à cumprir seus valores efetivos.
Portanto, a sociedade é compelida à excluir as diferenças e se restringir em valores majoritários, que podem ser, ou não, superficiais, no entanto devem convergir para um mesmo destino, o aculturamento em massa!
Fábio augusto - Direito Noturno
Durkheim, fatos sociais e coerção
Durkheim teve o trabalho de iniciar o processo de institucionalização da sociologia nos colegiados universitários de sua época. Para tal empreitada o autor lança as bases do método sociológico no seu livro " As Regras do método sociológico. Neste há uma constante procura de como o pesquisador deve se relacionar com o objeto da sua pesquisa, pois nas ciências sociais tal matéria demonstra-se complicada, na medida que o observador está, muitas vezes, imerso no âmbito de seu objeto de estudo. Durkheim propõe ,então ,o completo desprendimento passional do observador/pesquisador de seu objeto de estudo, ou seja, o indivíduo que pesquisa deve tratar os fatos sociais como coisas.
Em seguida o autor coloca como objeto de estudo da sociologia o fato social. Este, seria exterior aos indivíduos, isto é, seria implantado fora da psique individual de uma pessoa, pela educação e trocas/vivência sociais que o indivíduo teria em sua vida. O fato social seria também imperativo, coercivo para o indivíduo, recebendo este duras sanções da sociedade caso lute contra aquelas "leis sociais". Assim, Durkheim cria uma crise moral no homem pelo dilema de até que ponto seriamos livres, morando em um ambiente essencialmente coercitivo para a repetição de fatos intrínsecos ao pensamento coletivo.
Logo, Durkheim iniciou importantes debates que são característicos da sociologia e das ciências sociais alegando a existência de sociedades e não de apenas uma sociedade universal; criando um campo de estudo para a sociologia a separando de outras ciências como a biologia e psicologia e finalmente percebendo os grilhões imperativos provocados pelos fatos sociais na sociedade e no pensamento coletivo.
André César S. A. Costa Direito Noturno
Fato social atemporal
A maior dificuldade encontrada nas ciências humanas é o
distanciamento do objeto de estudo e de seu observador, uma vez que esse é o próprio
objeto a ser analisado. Para tentar solucionar tal complicação, Durkheim
sugeriu que os fatos sociais fossem considerados coisas, tornando , assim, o
estudo mais científico e menos metafisico.
Mas afinal, o que são fatos sociais?
O pensador considerou fato social, “toda maneira de agir,
fixa ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior”
(p.11 Durkheim) Assim, eles são uma força sociológica, capaz de influenciar o
cidadão e por vezes puni-lo.
Tal consideração sociológica é extremamente evidente em
nossa sociedade. A moda, as mídias, as diversas instituições que nos rodeiam
como a família, igreja, escola, ditam regras de comportamento, de vestimenta e
por vezes até influenciam nossos sentimentos e sonhos.Aqueles que não se
enquadram são excluídos, discriminados, caracterizando essa força sociológica a
que se referiu Durkheim de forma tão atemporal.
Entretanto, apesar de Durkheim ter sido o responsável por
tornar ciência a sociologia, seu objetivo de distanciamento entre observador e
objeto é uma utopia, afinal, é impossível fazermos uma analise a respeito de
algo completamente livre de valoração, ou seja, de forma neutra, como ele
propunha.
Durkheim
Fato!
Émile Durkheim, foi de grande importância para a sociologia,
seguindo os passos de Comte, procurou dar maior credibilidade e objetividade à
ciência social.
O grande ponto de seu estudo é o que determina como objeto
de estudo: o Fato Social (se impõe de forma geral, exterior ao indivíduo e
coercitivo). Tratando o fato social como coisa em constante movimento, o
cientista deve buscar não se vincular a seu objeto de estudo (o próprio ser
humano e suas relações). Como exemplo de fato social, temos as leis. Essas,
impõe ações sobre os homens sob pena de exclusão social. O homem não nasce com
a formação de cidadão, ele irá aprender com o tempo e com a relação com outros
homens, o que ele denomina “espírito de adesão ao grupo”.
Pesquisando um pouco, encontrei como fato social, alguns
aspectos do filme Tropa de Elite II. As leis existem e são quebradas, como
punição por isso, os infratores são presos. Mas o problema é bem mais amplo do
que a prisão de alguns. Há fatos e ações sociais de uma parcela da sociedade
que influenciam o grupo como um todo, como é o caso do tráfico e das milícias
no Rio de Janeiro. Para Durkheim, a violência faz parte da sociedade,
entretanto, quando ela atinge grande parcela dos homens que convivem em
sociedade, ela passa a ser um câncer social. A violência, não só no Rio, toma
aspectos complexos pelo emaranhado de fatos que se interligam, desde a
necessidade de uma comunidade pobre ao interesse de um político influente,
tornando difícil solucionar ou amenizar tal problema.
Joingle Raphaela do Carmo Viotto
“Saber é Poder”
A frase dita pelo filósofo empirista Francis Bacon possui um
sentido muito forte quando entendido. O conhecimento e a sabedoria são fortes
armas para a articulação, argumentação e domínio. Entretanto, para ele, o
conhecimento não é algo finito, pois a natureza, como fonte de conhecimento,
sempre terá algo mais a oferecer.
Para determinar as verdades de seus estudos científicos,
Bacon utilizou o método da experimentação e do uso de sentidos, daí surge sua
denominação como empírico. A experiência é um dos métodos utilizados até hoje
para fins científicos, porém, não acredito ser o sentido do homem algo válido e
verdadeiro para confirmar hipóteses. Nossos sentidos podem ser usados nos
auxiliando de diversas formas, mas eles são limitados e facilmente confundidos.
Prova disso são aqueles pequenos testes de ilusão de ótica:
Joingle Raphaela do CarmoViotto
Descartes
Lógica
René Descartes revolucionou o pensamento de sua época que
era fortemente influenciado pela igreja e preceitos da fé, adotando um método
lógico e racional para analisar o conhecimento. Entretanto não abandonou sua
religião.
Aproveitando-se do conhecimento do passado, Descartes pode
aperfeiçoar seu modo de ver as coisas. De modo bastante interessante, procurou
viajar para ter contato com outras culturas, outras maneiras de pensar para não
julgar o diferente a partir de uma ótica preconceituosa.
Assim como outros filósofos, anteriores e posteriores a seu
tempo, entendeu que estudar a si, seria o sensato para compreender o mundo a
sua volta. E possível perceberem seu pensamento, algumas semelhanças com o
pensamento que Comte irá adotar que busca a verdade a partir de uma ciência
racional, com progresso linear fragmentando o objeto a conhecer para facilitar
o estudo.
Seu fascínio pela matemática se deve ao fato das verdades
que essa ciência apresenta. Sua exatidão a torna próxima de uma ciência
perfeita. Desenvolvendo então um raciocínio lógico, chegou à frase que o
caracteriza: “Penso, logo existo”; a partir disso, ele acredita que a alma é
dotada do pensar. Contradizendo toda sua racionalidade, Descartes acredita na
existência de Deus, pois um ser perfeito seria capaz de criar algo como o homem
que apesar de imperfeito, pode pensar.
As ideias são perfeitas e só deixam disso em alguns momentos pela imperfeição
humana e partindo delas, chegaremos perto da verdade.
Joingle Raphaela do Carmo Viotto
PONTO DE MUTAÇÃO
Até que ponto é evolução?
O filme ponto de mutação aborda, de forma interessante, uma
interação de diferentes modos de agir e pensar (dos próprios protagonistas) que
balanceados conjuntamente, podem chegar a um equilíbrio benéfico ao mundo.
Diversas das discussões realizadas entre os personagens são
temas de livros e de estudos feitos pelo homem. Cada qual expõe através de sua
perspectiva aquilo que acredita ser o melhor para si e para o mundo.
Analisando o aspecto de mecanização do mundo, tornando tudo
mais prático através de objetos fruto da tecnologia que agem por você, podem
ser encontradas diversas obras que citam ou tematizam essa relação demonstrando
aspectos positivos ou negativos. Acreditando ser esse um tema atual no mundo
moderno, fixarei nele os comentários de meu post.
O desenvolvimento tecnológico se deu pelo avanço
metodológico científico e filosófico. O pensamento do homem evoluiu, assim como
seu conhecimento, suas descobertas e aplicações. É incrível pensar em uma
Revolução Industrial ocorrendo no século XVIII com o início de um avanço do
maquinário até os dias de hoje, século XXI, com avanços tão grandes chegando à
uma nanotecnologia e muito mais. Nas últimas três décadas, podemos analisar uma
sofisticação dos produtos que estão cada vez mais acessíveis ao consumo geral
da população. Com isso, além de muitos benefícios e praticidade, chegam também
os problemas. O lixo tecnológico se faz cada vez mais presente, acarretando
grandes problemas ao meio ambiente e aos anseios capitalistas do consumidor os
aflorando cada vez mais. Afinal, o celular que alguém pode ter comprado ontem,
já está ultrapassado hoje, virando lixo tecnológico amanhã. Apesar de parecer
um pouco radical essa ideia, ela não deixa de ser verdadeira. Esses bens:
carros, celulares, notebooks, aparelhos de televisão e muitos outros exemplos
se tornam rapidamente ultrapassados pela evolução. O que me assusta, é a
rapidez com que as coisas acontecem, sem um tempo necessário de assimilação e
as consequências que esse processo pode acarretar, discutidos no filme como
problema ao homem gerado pelo homem, é um tema bem interessante para própria
reflexão.
Joingle Raphaela do Carmo Viotto