domingo, 15 de setembro de 2013

Uma Constante Oposição

“O Manifesto Comunista” foi realizado por Marx e Engels, no século XIX, a pedido de comunistas de toda a Europa. Nele é realizada uma profunda análise crítica do capitalismo, desde seu surgimento, passando pelo seu modo de produção e detectando suas fraquezas. No Manifesto a burguesia é afirmada como classe revolucionária, classe que surgiu das entranhas do feudalismo e que conseguiu revolucionar modo de produção. A partir disso, o proletariado é colocado como classe ‘predestinada’, classe que tem como destino incorporar revolução burguesa e ir além, produzir novo modo de viver, onde não haja limitações para o desenvolvimento.
Contudo, assim como toda ideologia existente, o Manifesto possui suas consideráveis falhas. Para conseguir se impor, o capital cria condições que atraem as mais diversas pessoas à sua sociabilidade, difunde ideias para sua autoafirmação, e toma vantagem daquela que é uma das principais características da sociedade, o fato de que “a história de toda sociedade até hoje (ser) a história de luta de classes”. Do fato de que a oposição entre dominados e dominantes ser uma espécie de tendência histórica na sociedade de difícil dissolução, de sempre haverem homens que na história usaram de seu poder, sendo ele temporário ou permanente, para subjulgar outros homens.

O socialismo pode até ser uma ideologia que em um futuro perdure, mas sua tarefa não será de fácil execução. É necessária a quebra de certas ingenuidades, a análise da realidade tal como ela é, não como deveria ser, não como era na época de Marx. Só com maturidade ideológica e união da sociedade é possível se alcançar o objetivo final do Manifesto, que "Em lugar da velha sociedade burguesa, com suas classes e suas oposições de classes, surge uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos".

Fernanda dos Santos Nogueira - 1º Ano Noturno

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