sábado, 14 de setembro de 2013

Ode ao burguês

Assim como no poema de Mário de Andrade, inicialmente no “Manifesto Comunista” tem-se a ilusão de exaltação da classe burguesa em seu primeiro capítulo intitulado “Burgueses e operários”, especialmente quanto sua capacidade de revolucionar. Entretanto, tal impressão não dura muito, assim como no referido poema. Logo se pode notar a verdadeira intenção do Manifesto: a união do proletariado de todas as nacionalidades contra a burguesia.
Marx, já no início da obra, ressalta que “a história de todas as sociedades que já existiram é a história de luta de classes”, partindo dessa premissa, ele ainda aponta os opositores históricos da burguesia: primeiramente, o feudalismo em si; depois, os aristocratas; seguido pela própria burguesia; e por último, aqueles que correspondem a sua base de apoio: os proletários.
Em qualquer um dos embates em que se encontrava anteriormente, o burguês contava com a força do proletariado a seu favor. Entretanto, tal força agora deveria voltar-se, merecidamente, contra a classe opressora e contra o que Marx tem como maior fim dos comunistas: abolição da propriedade privada. Além da tomada do poder pelo proletariado formando uma sociedade comunista, na qual “o presente domina o passado”.

Apesar da teoria de Marx e Engels não estar inserida no que se denomina “socialismo utópico”, essa tomada de poder pelo proletariado se mostra cada vez menos possível. Devido a desvirtuação dos valores marxistas nos exemplos de “socialismo” já existentes. Entretanto, o marxismo foi fundamental para uma limitação da exploração dos operários, dando base a luta contra a opressão dos burgueses.

Suzana Satomi Shimada - 1º ano diurno

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