quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Xadrez de Marx

            A Nokia foi a segunda aquisição de maior valor da Microsoft, pelo menos a seu setor de celulares. Há algum tempo as relações das duas empresas estavam se estreitando, eram duas empresas que dominavam o mercado, eram vistas como fontes de inovação, mas foram ultrapassadas e estão correndo atrás das novas “necessidades” dos novos consumidores.
            Marx aponta essa característica do modo de produção burguês, que é a de criar necessidades que não eram até então. Os smartphones, se forem analisar, não representam nenhum meio de sobrevivência, mas estão aí como um dos produtos mais rentáveis. Um homem do século de Marx já estaria impressionado com os meios de comunicação novos, que andavam por terra para levar a informação; hoje as informações correm ambientes que não existem, ambientes virtuais.
            O modo de vida burguês conseguiu engendrar no mundo inteiro requisitos de subsistências que coincidissem com a produção, com os produtos; dominou as classes em nível global. Fez isso na América Latina, na África, na China, no Japão, na Austrália. Hoje nenhuma parte do globo foge das regras das inovações impostas como necessárias. O mundo hoje é burguês, e os capitalistas ditam as regras, até mesmo paara eles.

            A Microsoft e a Nokia tiveram que correr muito para superar os seus atrasos, e ainda têm que correr muito. Afinal as regras mudaram, e vão mudar. É impressionante perceber que o que Marx escreveu tempos atrás, ainda persiste hoje, e isso porque aqueles que acabam ditando as regras não estão interessados em mudar todas.

João Filippe Rossi Rodrigues- Direito Diurno

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