domingo, 15 de setembro de 2013


O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels propõe uma análise do modo de produção capitalista, assim como investiga o processo de dominação de classes. Além disso, a obra pode ser considerada mais que um chamamento de lutas aos operários, sendo um esclarecimento do momento histórico em que se vivia,ou seja,  uma interpretação do mundo sob os moldes do capitalismo.

A análise desse sitema de produção, celebrado por meio da descrição da modernidade na obra, é tão atual que podemos transferí-la para a contemporaneidade. O capital aliado à técnica e à ciência se transportou para diversas regiões do mundo, a partir da sua necessária "força motriz": a busca por novos mercados. A expansão das relações de mercado, dessa forma, figurou-se em escala global.

As contradições, que esse meio de produção acarreta, também não ficaram de fora dessa tal expansão global. Ocorre que a dominação de classes, por sua vez, também se fez em perspectiva global. Cria-se, portanto, uma espécie de interdependência mundial, ao contrário do que antes se via: a "antiga reclusão e auto-suficiência".

Dessa maneira, surge uma ideia cosmopolita de sociedade, vê-se no capitalismo uma vocação para o mundo, ideal para todos os lugares. O operariado que surge também em todas as partes do mundo, já nasce com a missão de conclusão da história de luta de classes. Essa missão também é transportada, na visão de Marx e Engels, por meio da modernidade, que segundo eles está a favor do operariado.

A análise do modo de vida da época nessa obra é extremamente útil para iniciar uma análise da conjuntura social vigente. Além disso, pode-se verificar que a modernidade, utilizada de forma adequada pela classe que realmente poderá romper com o capital, livrando-se das amarras dos costumes, da moral, e até mesmo da religião imposta, e ao contrário do senso comum, que a vê também como fonte pura de alienação, contribuirá para a finalidade consagrada por Marx e Engels.

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