segunda-feira, 9 de setembro de 2013



       Max Weber queria estabelecer as fronteiras do que poderia ser a sociologia, uma ciência da realidade, esquadrinhando elementos fundantes da interpretação sociológica. Ela lançaria olhares para todas as áreas do conhecimento, no qual o cientista almejaria pela subjetividade mínima em tentar compreender o outro, uma vez que seria impossível separar o homem de seus juízos de valores.
Diferente das ciências exatas, na qual existem leis e regras fixas que regem os fenômenos da natureza, as ciências sociais irão absorver a pura e simples realidade. O mundo real é caracterizado por ser algo tão complexo e multifacetado, por isso quanto mais basearmos em leis para seu entendimento, mais nos afastaríamos do real.
       A ciência da realidade teria como função compreender o sentido da ação social, que não há como reproduzi-la e nem modelizar, mas se pode apenas imaginar o leque dos possíveis sentidos dela. O importante são as conexões que o indivíduo atribui ao agir. Ele será o elemento que constrói o sentido de mudança social engendrado permanente por injunções que a sociedade cristaliza sob o individuo, podendo ser movido por valores emocionais, culturais e não apenas econômicos como pensavam o marxismo.
       Em sua metodologia ele traça um modelo para esta ciência. Primeiro se cria um “tipo ideal”, que seria um parâmetro de analise, e através dele se observaria o ator real. Certamente este ator será diferente do tipo ideal, e assim esse ideal desaparecerá com a combinação de fatores. A teoria se transforma comportando esses novos elementos para manter o teor explicativo. E finalmente se tenta estabelecer as conexões entre elas e pensar nas possibilidades para o futuro. O cientista social irá apenas vislumbrar o que pode vir acontecer, não existe uma certeza ou uma possibilidade dogmática.

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